Opinião: Não foi sorte, foi João!

Nesta quarta (01), a Paraíba conheceu os números da pesquisa CONSULT/Sistema Arapuã de Comunicação, apontando a aprovação majoritária de 67,8% dos paraibanos às medidas adotadas pelo governo no combate à COVID-19.

Para entender de fato o que esses números representam, precisamos voltar no tempo e analisar as medidas adotadas pelo governo – contrariando diversos interesses – desde o primeiro momento em que a OMS (Organização Mundial de Saúde), recomendou o isolamento social como única alternativa disponível para frear a contaminação pelo novo coronavírus.

Início da pandemia na PB

A Paraíba confirmou seu primeiro caso de COVID-19 no dia 18 de Março, ocorrendo o primeiro óbito 12 depois. Antes mesmo disso, o Governo do Estado havia tomado medidas, criando barreiras sanitárias e estabelecendo os primeiros protocolos para a doença.

Nesse período, o governo editou decretos, com novas regras de funcionamento para supermercados, call centers, lotéricas, concessionárias de veículos, serviços funerários, entre outros.

Paraíba, 27 de Março de 2020.

Oposição – Quanto pior, melhor!

A oposição desde o primeiro momento tentou boicotar os esforços do Governo para combater o coronavírus.

Sem respeitar o momento de pandemia e o risco que a população estava correndo, tentava fragilizar o governo, seguindo a cartilha do “quanto pior, melhor”.

O Governo enfrentou durante todo esse período desde Fake News diárias e até pedidos de impeachment do governador.

Paraíba, 03 de Março de 2020.

Especialmente a dupla de Deputados Estaduais Wallber Virgolino e Cabo Gilberto, representantes do gabinete do ódio na Paraíba, grupo criado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, para atacar adversários e destruir reputações. Fizeram até o impossível para atrapalhar.

Disfarçados de “defensores do povo” e “fiscais dos recursos públicos”, os Deputados, que foram contra a redução da VIAP (Verba Indenizatória de Apoio Parlamentar), de R$ 40 mil para R$ 25 mil, para manter carro alugado e combustível na conta do povo, ainda foram contra a redução dos próprios salários para ajudar nos esforços no combate à doença.

Fonte: Transparência Pública/Assembléia Legislativa da Paraíba

Governo x Pandemia

O Governo do Estado, seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), fechou o comércio, as repartições públicas, escolas e universidades. Em diálogo e parceria com as prefeituras da região metropolitana de João Pessoa, estabeleceu regras rígidas para o isolamento e distanciamentos sociais, apenas os serviços essenciais continuaram a funcionar sob novas regras para proteção de trabalhadores e patrões.

Aos mais vulneráveis o governo distribuiu 1 milhão de cestas básicas, sendo 250 mil para as famílias dos estudantes da rede estadual de educação e adquiriu 3 milhões de máscaras reutilizáveis para a população.

Foto: Divulgação/SECOM PB

Na economia, o governo prorrogou a validade de certidões, adiou impostos, criou nova linha emergencial para o Empreender PB e pagou em dia o servidor público, inclusive a antecipação do 13º salário para aposentados, reformados e pensionistas.

Na educação, implantou a TV Paraíba Educa, a iniciativa faz parte de uma série de ações que a Secretaria de Educação tem realizado para estudantes da Rede Estadual de Ensino no Regime Especial de Ensino durante a pandemia do novo coronavírus, com educação remota que inclui: a Plataforma Paraíba Educa; Google Classroom; redes sociais, materiais impressos e, em breve, aplicativo com dados patrocinados.

Na saúde, foram adquiridos 413.915 testes para a COVID-19, destes, 278.835 foram distribuídos aos 223 municípios paraibanos. Ainda, foram contratados mais de 2 mil profissionais de saúde e abertos quase 500 novos leitos de UTI exclusivas para a COVID-19. Entre estas, a Maternidade Frei Damião II em João Pessoa, o Hospital de Campanha em Santa Rita e o Hospital das Clínicas, em Campina Grande. A Paraíba nunca teve fila de espera para leitos em hospitais.

Foto: Divulgação/Governador João Azevedo e Doutor Geraldo Medeiros, Secretário de Saúde.

O pior já passou?

A Paraíba soma nesta quarta (02), 48.175 casos confirmados da doença e 1.002 óbitos. Sendo o 4° Estado da região Nordeste em número de casos confirmados e o 6° Estado em número total de óbitos.

A Taxa de letalidade é de 2,1%, registrando a menor taxa de ocupação de leitos do Nordeste e a 4° do Brasil, com apenas 60% dos leitos disponíveis ocupados.

Fonte: Google Notícias

Estamos rodeados de situações piores que a nossa. Nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, o sistema de saúde não suportou e colapsou, filas para leitos de UTI’s se formaram, vidas foram perdidas.

Não sabemos se o pior já passou. O temor por uma segunda onda de contaminação continua. Alguns Estados norte-americanos voltaram atrás nas medidas de flexibilização ao isolamento social, após números recordes de contaminação.

Aqui no Brasil, os Estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso, viram os números de contaminação e internação dispararem após a reabertura do comércio.

A vacina ainda está em fase de testes, as expectativas são boas, mas até sua efetiva comprovação de eficácia, produção e distribuição, todos temos um longo caminho para percorrer.

Resultados

” Toda vida tem valor”, afirmou diversas vezes o Governador João Azevedo. Parece simples, mas a vida está tão relativizada e diminuída nos valores sociais, do “mundo moderno”, que precisamos aplaudir, especialmente quando vem de um governante e em tempos tão estranhos, onde o ser humano está tão vulnerável face a um vírus ainda pouco conhecido pela ciência.

Por óbvio, para determinadas pessoas que tem o que comer, vestir e onde morar, não são relevantes as ações sociais do governo.

Não existe uma cartilha pronta no combate à pandemias. Nem mesmo a OMS (Organização Mundial de Saúde) dispõe de algo parecido. Não é uma crítica, mas sim uma constatação. Dada a natureza dos vírus e a forma de contágio, cada pandemia, epidemia e endemia tem suas próprias características. Na maioria das vezes, o que se aplica a um, não se aplica ao outro. E vice-versa.

Fonte: Dados epidemiológicos COVID-19 Paraíba

Na Paraíba, Estado pobre da região Nordeste, não tivemos o azar de estar com um governo negacionista no poder. Nosso governo seguiu as recomendações técnicas dos profissionais de saúde, da OMS, do Ministro da Saúde, enquanto tivemos um, e salvou vidas.

O Governador sacrificou capital político, em ano eleitoral. Contrariou interesses empresariais, forçou as contas públicas para ajudar os mais necessitados, e ajudou comerciantes e empresários a passar pelo pior da pandemia. Não tivemos caos, nem histeria. Nem excesso, nem sobra.

Por isso tudo, podemos ter certeza, que o reconhecimento de quase 70% dos paraibanos, aprovando as ações do governo no combate à pandemia, e que se pudemos chegar até aqui, com esperança de seguir em frente mesmo que no “novo normal”, é que não foi “por sorte”, mas sim por decisões e escolhas de um poder bem exercido, sem excessos, com critérios, ou seja, não foi sorte, foi João.

Por Júnior Laurentino