Paraíba solicita inclusão do estado no plano nacional de Combate ao Crime Organizado

Secretário Executivo também cobrou ao Ministério da Justiça liberação de verbas para Segurança Pública

Secretário Executivo também cobrou ao Ministério da Justiça liberação de verbas para Segurança Pública


O secretário estadual de Representação Institucional (Seri-PB), Adauto Fernandes, foi ao Ministério da Justiça cobrar a inclusão do estado no Plano de Forças-Tarefas do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) de Combate ao Crime Organizado. A reunião ocorreu no início dessa semana, em Brasília, com o secretário nacional do SUSP Carlos Renato Paim, o secretário executivo adjunto do MJ, Washington Bonini, e o assessor especial de assuntos federativos e parlamentares, Lucas Goes, em que também foi solicitado a liberação de emendas da bancada federal paraibana para as polícias militares e civis da Paraíba.

À direita, o secretário estadual de Representação Institucional (Seri-PB), Adauto Fernandes.

Segundo o secretário estadual, a iniciativa de incluir a Paraíba nesse plano nacional do SUSP é para evitar que organizações criminosas se instalem no estado, já que estados vizinhos estão inseridos nessa força-tarefa. “Com isso, nossa preocupação é agilizar esse pleito para que nossa Paraíba não fique vulnerável à criminalidade. A intenção é incluir os policiais militares e civis do estado nos treinamentos e capacitações do Ministério da Justiça”, explica Adauto.


A força-tarefa foi lançada no início desse ano com o objetivo de diminuir os crimes praticados por integrantes de organizações criminosas, como homicídios, tráfico de drogas, roubos de cargas, bancos e veículos. Inicialmente, seria implantada apenas nos seis estados com maior índice de violência do país: Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Paraná, mas as demais unidades federativas podem fazer adesão de forma voluntária.


O secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Jean Nunes, pontua que a participação nesse plano de combate ao crime é de suma importância, até porque vários estados do Nordeste foram contemplados e Paraíba ficou praticamente ‘ilhada’. “É de fundamental que participemos dessa força-tarefa. Já apresentamos ao Ministério da Justiça todos os fundamentos operacionais, estratégicos e de inteligência que justificam nossa participação. A gente aguarda com a esperança que o ministério seja sensível ao pleito, já que precisamos dessa formalização para podermos interagir no combate ao crime com os estados vizinhos”, reforçou.


A pedido da Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (SESDS-PB), o secretário da Seri-PB também aproveitou o encontro para agilizar a liberação de pilotos da força nacional e munições para reforçar o policiamento da Paraíba. Evitando assim a vulnerabilidade no combate ao crime organizado e a chegada de facções criminosas nas cidades paraibanas. A Paraíba já tem parcerias com o MJ, inclusive tem colocado à disposição do SUSP 66 profissionais de segurança pública, entre policiais militares, civis, bombeiros militares, policiais penais e peritos criminais.


De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, essa força-tarefa vai trabalhar de forma integrada com a polícias estaduais. Atuando em quatro eixos: atividades de inteligência, monitoramento das ações dos principais líderes de organizações criminosas, análise criminal e estratégias para mapear as forças de segurança com policiamento ostensivo e especializado. “Adotaremos procedimentos investigativos capazes de dar respostas efetivas e oportunas para redução e repressão de tais crimes”, ressaltou o ministro da Justiça André Mendonça.