A Polícia Federal concluiu que Bolsonaro (PL) cometeu crime ao estimular a não utilização de máscaras e divulgar informações falsas sobre a covid-19

De acordo com a Polícia Federal (PF), o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao incentivar as pessoas a não usarem máscaras e a disseminar informações falsas sobre a covid-19.

O inquérito foi aberto após uma transmissão ao vivo em que Bolsonaro associou de forma incorreta a aplicação da vacina contra a doença ao surgimento do vírus HIV. Bolsonaro se recusou a prestar depoimento sobre as acusações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid.

Durante a transmissão realizada em outubro do ano passado, o presidente afirmou que um estudo sugeria que as pessoas vacinadas estavam “desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida de forma mais rápida do que o esperado”, ou seja, AIDS, mas não forneceu mais detalhes.

Durante a mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”. Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos no Brasil. A transmissão ao vivo foi removida do YouTube, do Instagram e do Facebook por violar as diretrizes das plataformas sobre desinformação médica sobre a covid-19.

O relatório final foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As informações são do jornal O Globo.