O imunizante será fabricado pela empresa Takeda Pharma
A Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou esta semana a segurança da vacina contra a dengue da empresa Takeda Pharma. De acordo com a Lei Geral de Biossegurança, cabe à comissão avaliar a segurança ao meio ambiente, a animais e humanos de produtos e tecnologias que contenham organismos geneticamente modificados.
A proposta da vacina é ser indicada para prevenção da dengue causada por algum dos quatro sorotipos do vírus da dengue em pessoas de quatro a 60 anos de idade. O imunizante está em análise no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2021 e agora recebeu o aval do CTNBio.
Em dezembro de 2022, a Comissão Europeia aprovou o uso da vacina contra a dengue QDENGA, também chamada de TAK-003, para pessoas a partir de quatro anos. Desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, essa é foi a primeira vacina para prevenção primária da Dengue a receber o sinal verde na União Europeia. O aval segue a recomendação favorável do Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) do bloco em outubro. Será também uma proteção inédita no Brasil, caso receba um aval semelhante por parte da Anvisa. Nos dois locais, existe uma aplicação disponível, mas que é destinada apenas para pessoas que já foram contaminadas pelo vírus da dengue, ou seja, para impedir a reinfecção – que costuma ser mais grave.
A aprovação pelo CTNBio aconteceu após dois anos de discussão. Durante a análise, a CTNBio encomendou estudos que demonstraram a segurança do produto no Brasil, onde há maior prevalência do mosquito Aedes aegypti. Após a apresentação dos resultados, a comissão concluiu sobre a biossegurança e determinou que sejam monitorados os efeitos do uso da vacina no país.
De acordo com a CTNBio, as análises de eficácia e uso da vacina, agora, serão feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).