A situação no Sudão se agrava a cada dia, com o conflito entre o exército e um grupo paramilitar, que já dura quase um ano, provocando milhares de mortes e milhões de deslocados. Diante da crescente crise humanitária, a ONU pede um cessar-fogo imediato.
Em uma resolução proposta pelo Reino Unido e apoiada por 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, a comunidade internacional pede o fim das hostilidades no país africano. A única abstenção foi da Rússia.
Considerado o segundo país menos desenvolvido do mundo, o Sudão enfrenta um cenário desolador. A guerra, que eclodiu em abril de 2023, já provocou a morte de milhares de pessoas e o deslocamento de milhões de outras.
Segundo a ONU, mais de 14 milhões de pessoas no Sudão necessitam de ajuda humanitária este ano. Para atender a essa demanda, a organização estima que serão necessários mais de R$ 13 bilhões. Além disso, outros R$ 7 bilhões são necessários para auxiliar os refugiados sudaneses em países vizinhos.
Trabalhadores humanitários da ONU alertam que o conflito no Sudão corre o risco de desencadear “a pior crise de fome do mundo”. O país já enfrenta a maior crise global de deslocamento, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
O Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) também expressou sua preocupação com a situação, alertando que 14 milhões de crianças no Sudão precisam de assistência. A organização teme que o conflito possa ultrapassar as fronteiras do país e ameaçar a estabilidade regional.
A guerra já fez com que cerca de 600 mil pessoas buscassem refúgio no Sudão do Sul, e uma em cada cinco crianças em centros de trânsito na fronteira sofre de desnutrição, segundo o PMA.
Diante da grave crise humanitária no Sudão, a comunidade internacional se une em um apelo por um cessar-fogo imediato. O fim das hostilidades é crucial para que a ajuda humanitária possa chegar aos necessitados e para que o país possa iniciar o processo de reconstrução.