Espiritualidade para os dias atuais, texto VII

Venho, através dos meus textos, falando muito da realidade profunda do ser humano de reconhecer que existe uma forma, uma expressão, uma identidade e uma força que está acima de toda criação. É algo que nos remete para as dimensões mais profundas da nossa essência e existência: DEUS. Todos os povos que habitarão e habitam o planeta Terra identificam algo maior que tudo e defini como um ser Superior, com forças, sentimentos e existência eterna.

4Para os povos do Egito, o Deus era o Sol; para os Babilônios era Marduque; para a Pérsia era Aura-masda; para Fenícios era El/Adônis; para os Romanos era Netuno; para os Gregos era Zeus; para os Judeus era Javé (Yahweh) e para os cristãos é a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Todas essas definições são realidades vivenciadas por cada povo que, ao se sentirem limitados e contemplando a grandeza do universo, projeta uma imagem e cria uma forma de lidar ou de se relacionar com esse grande mistério.

Como disse um grande místico do passado Eckhart: “Tudo o que você faz e pensa sobre Deus é mais você do que Ele. Se eu tivesse um Deus que pudesse ser compreendido por mim, não gostaria nunca de reconhecê-lo como meu Deus”. Então, surge uma pergunta fundamental: Deus tem uma dimensão pessoal, podemos nos relacionar com Ele? Ou apenas admirá-lo, contemplá-lo e reconhecê-lo que existe? Diante dessa pergunta, me coloco com muita humildade e posso afirmar que procuro ter muito cuidado para que ninguém me escravize com filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo. Deus não é religioso. É para todos universal.

Por Diácono Manoel Viana

João Pessoa, Paraíba, 20 de abril de 2024