Na noite de ontem (11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu uma rara coletiva de imprensa, a fim de passar uma boa impressão sobre sua saúde física e mental, profundamente questionadas depois do desastroso debate televisivo, ocorrido em 27 de junho, com o ex-presidente Donald Trump.
Biden, que já conta com 81 anos, vem se esforçando em convencer seus aliados de quem está em condições de exercer as funções do cargo mais cobiçado da política americana e, principalmente, de impedir uma vitória de Donald Trump, cada vez mais cotado a vencer o pleito de 5 de novembro.
No interior do partido Democrata, diversas vozes têm analisado as possibilidades de substituição, a despeito das reiteradas falas de Biden afirmando que seguirá na disputa pela Casa Branca. Alguns temem que os repetidos episódios de lapso e confusão mental de Biden façam o eleitorado optar pelo candidato Republicano, que ainda possui uma expressiva popularidade.
Recentemente, algumas projeções apontaram uma possível vitória de Kamala Harris, atual vice-presidente, caso ela concorra no lugar de Biden, mas outros nomes também são mencionados pela imprensa norte-americana: Gavin Newsom (governador da Califórnia), Gretchen Whitmer (governadora de Michigan), J. B. Pritzker (governador de Illinois) e assim por diante.
Até agora, a pressão pela desistência de Biden tem vindo não só da mídia estadunidense, mas também de dezessete congressistas do partido Democrata que demandam por outra candidatura, permitindo, assim, que o partido apresente um nome mais competitivo.
Além disso, um grupo de doadores decidiu congelar 90 milhões de dólares, uma quantia destinada à campanha de Joe Biden. Segundo o New York Times, os responsáveis por essa ação buscam pressionar o presidente a desistir da sua candidatura.
Há pouco, Biden marcou outra entrevista para o canal NBC, programada para a próxima segunda-feira (15), às 22h. Segundo o canal, a entrevista será gravada, mas não sofrerá cortes.