O Ministério da Sáude administrado pelo Hamas em Gaza afirmou que, neste sábado (13), um ataque áereo israelense deixou pelo menos 71 mortos e mais de 289 feridos em Al-Mawasi, perto de Khan Younis. O governo de Israel, por sua vez, diz que os ataques têm como alvo lideranças do Hamas.
O ataque teria atingido uma área que os próprios militares israelenses designaram como zona humanitária e onde instalaram palestinos à procura de abrigo.
De acordo com fontes palestinas, três mísseis atingiram Al-Mawasi, onde residem milhares de palestinos previamente deslocados à força no início da operação militar israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.
Uma autoridade israelense afirmou que seu alvo seria Mohammed Deif, comandante das Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, além de Rafa Salama, comandante do Hamas em Khan Younis. Israel descreveu como “preciso” o trabalho de inteligência que levou à operação.
Enquanto isso, o Hamas nega a existência de qualquer liderança sua no local em que ocorreu o ataque. “Não é a primeira vez que Israel afirma ter como alvo os líderes palestinos, alegações que depois se mostram falsas”, disse o grupo em comunicado.
Tido como o nº2 do Hamas, Mohammed Deif seria, segundo fontes israelenses, não só um dos mentores do atentado de 7 de outubro, mas um dos mais obscuros e procurados membros da organização paramilitar, vivendo escondido há décadas e escapando de tentativas de assassinato.