Os promotores de Justiça Alan Costa e Alexandre Nóbrega se declararam impedidos de analisar o pedido de prisão do médico Fernando Cunha Lima, acusado de pedofilia em série. A informação foi divulgada pelo economista Felipe Pontes, que vem acompanhando o desenrolar do caso nas últimas semanas.
A Polícia Civil da Paraíba solicitou, na semana passada, a prisão de Fernando Cunha Lima, mas o Ministério Público ainda precisa deliberar sobre o pedido de prisão.
Confira o desabafo do economista:
As investigações contra o médico ganharam destaque após a primeira denúncia formal, registrada em 25 de julho deste ano. Uma mãe acusou o pediatra de ter tocado nas partes íntimas de sua filha de 9 anos durante uma consulta. A queixa foi registrada na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude, desencadeando uma série de outras acusações.
Entre as denúncias mais graves estão as feitas por duas sobrinhas do médico, que afirmam ter sido abusadas por ele na infância, durante a década de 1990. Gabriela Cunha Lima relatou que sofreu abuso sexual por parte do tio quando tinha apenas 9 anos. Esse caso foi revelado por Gabriela em 1993, levando a um rompimento familiar entre seu pai, Arthur Cunha Lima, e o irmão, Fernando. Entretanto, nenhuma denúncia formal foi registrada na época.
Até o momento, cinco denúncias foram oficialmente apresentadas contra o médico, sendo três de mães de crianças que foram suas pacientes e duas de suas sobrinhas. Segundo o advogado Bruno Girão, cerca de 20 outras pessoas já relataram novos casos, mas ainda não formalizaram as denúncias.