Em um movimento diplomático histórico, o Brasil anunciou oficialmente sua adesão ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal órgão judicial das Nações Unidas. A ação acusa Israel de cometer genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
A decisão foi confirmada pelo Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, em entrevista à Al Jazeera, destacando a seriedade com que cada vez mais países observam a situação no Oriente Médio. A entrada do Brasil como terceiro interessado na ação é vista como um gesto de alto simbolismo e expectativa de fortes reações por parte do governo israelense, além de possíveis impactos nas relações com os Estados Unidos, que já estão bastante desgastadas após o anúncio da imposição de sanções de 50% contra o país.
Diplomatas brasileiros, segundo informações, indicaram que o Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, avalia que Israel tem persistido em ignorar os esforços diplomáticos e em agir contra civis palestinos tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, o que levou o Brasil a adotar uma postura mais incisiva.
Inicialmente, o Brasil focou seus esforços em negociações para buscar uma solução pacífica para o conflito. No entanto, o desenvolvimento recente da guerra e a contínua escalada de violência teriam impulsionado o governo brasileiro a dar este passo decisivo, unindo-se à iniciativa sul-africana.