O estado de São Paulo confirmou mais três casos de intoxicação por metanol nas cidades de Osasco, São Bernardo do Campo e na capital paulista, elevando para 28 o total de vítimas confirmadas até o momento. Destas, cinco evoluíram para óbito, entre eles três homens residentes na cidade de São Paulo, uma mulher de São Bernardo do Campo e um homem de Osasco. Além disso, cem casos ainda estão em investigação, assim como três mortes — uma em São Paulo e duas em São Bernardo do Campo — enquanto outros 246 casos suspeitos já foram descartados pelo estado.
Para combater a situação, as equipes de fiscalização reforçaram o plantão no final de semana, aumentando de 13 para 15 o número de estabelecimentos interditados pelas vigilâncias sanitárias, em ações que consideram irregularidades fiscais e sanitárias. O Procon-SP também intensificou as visitas de orientação, atuando em mais de mil bares e restaurantes em 92 cidades para alertar sobre os cuidados necessários na comercialização de bebidas alcoólicas.
O alerta da Secretaria de Saúde reforça a gravidade da intoxicação por metanol, que ocorre principalmente após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O Ministério da Saúde, em conjunto com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, tem orientado profissionais da área para identificar rapidamente sintomas, administrar antídotos como etanol ou fomepizol, direcionar pacientes graves para unidades de terapia intensiva e notificar os casos com agilidade.
No cenário nacional, já foram registradas 32 confirmações de intoxicação por metanol, principalmente em São Paulo, mas também no Paraná e Rio Grande do Sul, com 181 casos ainda em investigação e 320 suspeitas descartadas em todo o país. O estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, reforçando a necessidade de ações integradas de vigilância, fiscalização e atendimento médico especializado para conter e minimizar os impactos dessa grave intoxicação.
