A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, na terça-feira (14), o julgamento da ação penal contra o Núcleo 4 da trama golpista, que teve ação durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este julgamento é o segundo de uma série de processos relacionados a tentativas de golpe de Estado. Os sete réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) são responsáveis por organizar ações de desinformação para difundir notícias falsas sobre o processo eleitoral de 2022, além de promover ataques virtuais a instituições e autoridades.
Os acusados incluem militares da reserva, como Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo Martins Denicoli, ambos majores; Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente; Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel; Reginaldo Vieira de Abreu, coronel; Marcelo Araújo Bormevet, policial federal; e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal. Eles respondem por crimes graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado.
A sessão de julgamento começou às 9h, com o primeiro dia dedicado às sustentações das defesas e da acusação. A votação será realizada em sessões subsequentes, com mais três datas reservadas para 15, 21 e 22 deste mês. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia compõem o colegiado.
Caso condenados, os acusados não serão presos imediatamente, pois ainda poderão recorrer da decisão. Este julgamento segue o primeiro realizado com o Núcleo 1, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os núcleos 2 e 3 ainda estão agendados para julgamento, com o Núcleo 3 marcado para novembro e o Núcleo 2 para dezembro. O Núcleo 5, envolvendo o empresário Paulo Figueiredo, ainda não tem previsão para ser julgado.

