A seleção brasileira de futebol sofreu uma derrota histórica para o Japão por 3 a 2 nesta terça-feira (14), em amistoso realizado no Estádio Ajinomoto, em Tóquio. Depois de abrir 2 a 0 na etapa inicial com gols de Paulo Henrique e Gabriel Martinelli, o Brasil viu o Japão virar o placar no segundo tempo, anotando três gols em apenas 20 minutos, marcados por Minamino, Nakamura e Ueda. Essa foi a primeira derrota da seleção brasileira para a equipe japonesa, um revés que marca um momento de questionamento para o time comandado pelo técnico italiano Carlo Ancelotti, que assumiu em maio com a missão de preparar o time para a Copa do Mundo de 2026 na América do Norte.
Ancelotti destacou em entrevista coletiva a necessidade de maior resiliência mental por parte dos jogadores após a partida. Ele ressaltou que o momento triste da derrota deve ser usado como uma lição para corrigir falhas e melhorar o desempenho, especialmente em relação a contra-ataques e à defesa, que sofreu pela primeira vez dois gols em um jogo nos últimos cinco confrontos, ocasionando a virada japonesa. A segunda etapa evidenciou falhas coletivas e individuais, entre elas, uma importante falha defensiva logo no início, que desencadeou a reação japonesa e a perda do controle do jogo pelo Brasil.
Apesar da grande vitória por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul na última sexta-feira (10), a partida contra o Japão expôs fragilidades e levantou dúvidas sobre a formação da equipe. Ancelotti realizou várias mudanças na escalação em relação ao jogo anterior, o que pode ter impactado a entrosação do time. A falha mais crítica ocorreu logo no reinício do segundo tempo, momento em que o Japão intensificou a pressão e cresceu no jogo diante da queda de rendimento do Brasil.
A imprensa internacional não poupou críticas. Veículos espanhóis como “Diario As” e “Marca” rotularam a derrota como um “desastre” e um golpe que “baixa o Brasil das nuvens”. O jornal português “A Bola” classificou o resultado como um “escândalo”, enquanto no Japão a vitória foi celebrada como um feito histórico, com a emissora Asahi destacando a importância do triunfo frente a uma potência do futebol mundial.
Este amistoso, que integra a preparação brasileira para a Copa do Mundo de 2026, também servirá para que Ancelotti avalie ajustes na equipe e mentalidade dos jogadores. Nas próximas datas Fifa de novembro, o Brasil terá novos desafios contra Senegal e Tunísia, onde buscará retomar a confiança e consolidar um time capaz de encarar as maiores seleções do mundo.
