O Ministério da Saúde lançou recentemente a Campanha Nacional de Enfrentamento à Sífilis, com o tema “Sífilis tem cura – Faça o teste, trate-se e previna-se”. Esta mobilização reforça a importância da prevenção, testagem, diagnóstico e tratamento da doença, que podem ser acessados via Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha tem como público-alvo jovens de 15 a 30 anos, gestantes e seus parceiros sexuais. A estratégia da pasta é utilizar uma linguagem leve e acessível para incentivar o autocuidado e a prevenção, aproveitando o mês de outubro, conhecido como o “Outubro Verde”, dedicado à mobilização nacional contra a sífilis.
A programação da campanha inclui webinários abertos ao público às quartas-feiras, abordando temas como diagnóstico, manejo clínico, prevenção e vigilância. Todas as transmissões ficarão disponíveis posteriormente, caso não possam ser assistidas em tempo real.
Os dados do Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2025 apontam uma redução nos casos da doença no Brasil nos últimos três anos, com 2.093 casos a menos. No entanto, em 2024, foram notificados 256 mil casos de sífilis adquirida, 89 mil casos em gestantes e 24 mil casos de sífilis congênita, além de 183 óbitos decorrentes da doença. O estado do Rio de Janeiro registrou a maior taxa de detecção de sífilis em gestantes, com 68,3 casos por mil nascidos vivos, enquanto o Tocantins apresentou a maior incidência de sífilis congênita, com 17,8 casos por mil nascidos vivos.
Para ampliar o diagnóstico, o Ministério da Saúde expandiu o acesso ao teste rápido combo HIV/sífilis, aumentando a oferta em mais de 40% em 2025, totalizando 6,5 milhões de unidades, com um investimento de R$ 9,2 milhões. O exame é simples, rápido e gratuito, permitindo o início imediato do tratamento, o que é essencial para interromper a transmissão, especialmente durante a gestação.
