Numa operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo nesta sexta-feira, 17 de outubro, o sétimo suspeito envolvido no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi preso. O homem, de 36 anos, é identificado como o proprietário do imóvel em Mongaguá usado pela organização criminosa como ponto de apoio antes e depois do ataque. Ele possui antecedentes por crimes como integrar organização criminosa, receptação, roubo e crimes contra o meio ambiente. A prisão ocorreu no bairro Jardim Gaivotas, na zona sul da capital paulista, e o suspeito foi conduzido ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), para audiência de custódia. Além dos sete suspeitos já presos, dois permanecem foragidos.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em 15 de setembro em Praia Grande, no litoral paulista. O crime ocorreu perto da prefeitura e do fórum do município. A execução foi brutal, com o carro de Ferraz perseguido por criminosos armados, que atiraram mais de 20 tiros com fuzis após o veículo capotar. A Polícia Civil indica forte participação do crime organizado, especialmente do Primeiro Comando da Capital (PCC), devido ao histórico de combate do ex-delegado à facção.
A investigação aponta que o local do crime, Praia Grande, é um reduto do PCC, o que reforça a possibilidade de envolvimento da facção no assassinato. Entre os suspeitos identificados, Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano”, são investigados pela execução. A polícia também encontrou vestígios de que o ex-delegado estava sendo monitorado há mais de um mês antes do ataque. A viúva de Ruy Ferraz Fontes, Katia Pagani, acredita que a Justiça será feita em relação ao crime.
