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Estado do Rio descarta presença de metanol em mais quatro pacientes

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) anunciou que descartou a presença de metanol nas amostras laboratoriais de mais quatro pacientes investigados por possível intoxicação. Até o momento, dos 17 casos notificados como suspeitos no estado, 15 já foram descartados. Os novos casos excluídos foram registrados em São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Niterói. Permanecem em investigação dois casos: um em Cabo Frio, Região dos Lagos, e outro em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A secretária de Saúde do Rio, Cláudia Mello, afirmou que, apesar do alívio com os descartes, a vigilância continua ativa, e orientou que a população fique atenta aos sintomas suspeitos após o consumo de bebidas alcoólicas, buscando atendimento imediato em caso de visão turva, desconforto gástrico ou outros sinais compatíveis.

A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave, causada pela metabolização da substância em compostos tóxicos como formaldeído e ácido fórmico, que podem levar à cegueira irreversível e ao óbito. Os sintomas principais incluem visão turva, mal-estar geral, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. Devido à gravidade, o estado do Rio tem reforçado o monitoramento, capacitando unidades estaduais para identificar sintomas e tratar possíveis contaminações. As amostras suspeitas são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), que conta com parceria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), referência nacional para detecção da substância.

Desde o início do mês, a Secretaria recebeu remessas do Ministério da Saúde com etanol farmacêutico e o antídoto fomepizol, necessários para o tratamento, que são distribuídos ao Hospital Estadual Anchieta, unidade referência para estes casos. O governo estadual também orienta a redução do consumo, especialmente de bebidas destiladas, enquanto se investiga possíveis adulterações.

Em caso de sintomas suspeitos, a população deve procurar serviço médico urgente e, se possível, acionar os centros de controle de intoxicação, como o Disque-Intoxicação da Anvisa e o CIATox do município. É fundamental também identificar e orientar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida, para que busquem avaliação rápida e evitem desfechos graves. A agilidade na identificação e no atendimento pode ser decisiva para prevenir mortes causadas pela intoxicação.

O estado do Rio segue vigilante em meio à investigação dos poucos casos ainda em análise, ampliando sua rede de segurança para proteger a população de intoxicações por metanol.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)