O Ministério da Saúde acaba de anunciar uma série de medidas visando expandir e melhorar o acesso a serviços de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Essas ações fazem parte de um esforço contínuo para fortalecer o combate ao câncer no país, especialmente considerando que a radioterapia é indicada em cerca de 60% dos casos de câncer.
Uma das principais novidades é a criação de um auxílio para custear o transporte, alimentação e hospedagem de pacientes que precisam realizar radioterapia longe de casa. Atualmente, muitos desses pacientes têm de viajar uma média de 145 quilômetros para acessar tais tratamentos. O auxílio garante R$ 150 por dia para refeições e hospedagem e mais R$ 150 por trajeto feito, beneficiando tanto pacientes quanto seus acompanhantes.
Além disso, o Ministério da Saúde implementou a centralização da aquisição de medicamentos, o que deve reduzir os preços de até 60% graças a compras em larga escala e negociações nacionais. Essa medida também inclui a criação de centros regionais de diluição de medicamentos oncológicos, visando otimizar o uso desses insumos.
Outra medida importante é o repasse anual de R$ 156 milhões para os serviços de saúde, como um estímulo financeiro para aumentar o número de pacientes atendidos. O pagamento será feito por procedimento realizado, com um aumento progressivo conforme mais pacientes forem atendidos, o que deve motivar os serviços a utilizar mais completamente suas capacidades.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que essas ações visam colocar a radioterapia em um “outro patamar” no cuidado ao paciente com câncer. Ele também ressaltou a importância de envolver o setor privado, que precisará oferecer, no mínimo, 30% de sua capacidade instalada para o SUS por pelo menos três anos, contribuindo para a consolidação de uma rede pública mais efetiva e inclusiva.
Essas medidas integram o programa Agora Tem Especialistas, lançado em maio deste ano, que busca reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados na rede pública.

