O leilão para a concessão do Lote 4 das rodovias integradas do Paraná, realizado na sede da B3 em São Paulo, marcou um ponto importante na agenda de infraestrutura do Brasil. O Consórcio Infraestrutura PR, composto pela EPR Participações S.A. e pelo Perfin Voyager Fundo de Investimento, venceu o certame ao oferecer um desconto de 21,30% sobre a tarifa básica de pedágio. Com isso, o consórcio assumirá a responsabilidade pela administração de mais de 627 quilômetros de rodovias, incluindo as federais BR-272, BR-369 e BR-376, além das estaduais PR-182, PR-272, PR-317, PR-323, PR-444, PR-862, PR-897 e PR-986, durante um período de 30 anos[1][3][5].
O leilão foi destacado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, como um marco na política de concessões do governo, que agora totaliza R$ 200 bilhões em investimentos privados contratados apenas em rodovias. Essa soma representa a maior parte dos R$ 300 bilhões em contratos de todos os tipos de leilões realizados pelo governo, incluindo portos e aeroportos[2][4]. O ministro ressaltou que os leilões têm sido fortemente competitivos, com várias empresas diferentes vencendo os certames ao longo do tempo e oferecendo descontos significativos, como os 52% de redução nas tarifas pagas anteriormente no Paraná[6].
Para o governador do Paraná, Ratinho Junior, o sucesso do leilão é parte de um pacote maior de concessões que se configura como o maior da América Latina. Além do lote 4, outros leilões estão previstos, como o do lote 5, que será realizado em 30 de outubro[3][5]. O conjunto de investimentos promete transformar significativamente a infraestrutura rodoviária do Paraná, com planos de duplicações, faixas adicionais e melhorias em segurança ao longo dos próximos anos[1][3].
O próximo leilão do lote 5 terá como objetivo conceder um trecho de 432,77 quilômetros de rodovias, atendendo 17 cidades do estado. O certame promove a continuidade do esforço para modernizar e melhorar a rede rodoviária paranaense[3]. Com esses investimentos, o Paraná se torna um exemplo de como a parceria entre o setor público e privado pode impulsionar o desenvolvimento regional, elevando a qualidade da infraestrutura e oferecendo melhores condições de trânsito aos cidadãos[6].

