O Rio de Janeiro viveu um dia marcado por uma das operações policiais mais letais de sua história, a Operação Contenção, que resultou em pelo menos 64 mortes, incluindo 60 suspeitos e quatro policiais. A ação, realizada em complexos como Alemão e da Penha, com o objetivo de frear o avanço territorial do Comando Vermelho, envolveu cerca de 2.500 agentes e foi planejada com antecedência de 60 dias.
A operação gerou um impacto significativo na cidade, com ruas centrais esvaziadas e comércio fechado durante a hora do rush. Além disso, o transporte público enfrentou problemas, com a estação de metrô Central do Brasil lotada e viaturas acionadas para ajudar no funcionamento.
No âmbito político e jurídico, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o pedido do Conselho Nacional de Direitos Humanos para que o governador Claudio Castro forneça informações detalhadas sobre a operação. Isso ocorre depois de o CNDH solicitar um relatório com justificativas formais e esclarecimentos sobre as providências adotadas para garantir direitos humanos.
Internacionalmente, a ONU expressou horror com a operação e cobrou uma investigação rápida. As reações políticas variam, com alguns pedindo que facções criminosas sejam classificadas como terroristas, enquanto outros veem a ação como desmedida e buscam inteligência policial para lidar com o crime organizado.
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que a operação foi minuciosamente planejada e contou com o respaldo do Ministério Público. Ele lamentou as mortes, destacando a importância da segurança pública e pedindo mais apoio federal para combater o narcoterrorismo. A operação também resultou na prisão de 81 suspeitos e na apreensão de 72 fuzis, reforçando o combate ao crime organizado na região.
