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Palmeiras goleia LDU e enfrenta Flamengo na final da Libertadores

Palmeiras escreveu um dos capítulos mais heroicos e inéditos da Copa Libertadores ao golear a LDU por 4 a 0 no Allianz Parque e confirmar a virada histórica após ter perdido por 3 a 0 na partida de ida em Quito. Nunca antes um time havia remontado três gols de diferença em uma semifinal do torneio continental, e o Verdão, além de conquistar a vaga, impõe ao futebol sul-americano uma marca difícil de ser superada. O placar contundente fez o time paulista chegar à sua sétima final de Libertadores, repetindo o confronto com o Flamengo, adversário que garantiu vaga decisiva ao eliminar o Racing (Argentina) com um empate sem gols no Cilindro de Avellaneda, mesmo jogando com um a menos após expulsão durante o segundo tempo.

O caminho palmeirense para a final foi pavimentado pela atuação intensa e impiedosa dentro do estádio alviverde. Empurrado por mais de 40 mil torcedores, o time entrou disposto a reverter o placar adverso e buscou pressionar desde o início. Abel Ferreira, o técnico português, arriscou em mudanças no esquema tático, montando a equipe com três zagueiros e apostando na intensidade dos alas e no trio de frente formado por Vitor Roque, Flaco López e Ramón Sosa. Sosa, de cabeça, inaugurou o marcador aos 19 minutos, marcando o primeiro ato de uma noite memorável. O segundo gol saiu nos acréscimos do primeiro tempo, com o zagueiro Bruno Fuchs aproveitando sobra de jogada ensaiada para ampliar e deixar tudo aberto para o segundo tempo.

O time equatoriano, que saiu de campo na partida da ida como herói, viu-se, em São Paulo, sem respostas para o futebol propositivo do Verdão. No segundo tempo, mesmo com certo recuo do Palmeiras, o time não perdeu a essência agressiva. Raphael Veiga, lançado por Abel Ferreira, foi o principal nome do fechamento da classificação, marcando duas vezes — o primeiro, após jogada coletiva, e o segundo, de pênalti, selando o 4 a 0, placar suficiente para a virada inédita na história da fase semifinal da Libertadores.

Enquanto isso, do outro lado da chave de classificação, o Flamengo mostrou equilíbrio e defesa sólida para repetir a sequência de finais do Brasileirão, confirmando seu favoritismo ao empatar sem gols em sua visita à Argentina, mesmo com desfalque por expulsão durante boa etapa da segunda etapa. O clube carioca, que busca o tetracampeonato no torneio, contou com defesas importantes do goleiro Rossi para garantir o 0 a 0 e a manutenção da vantagem obtida no Maracanã, consolidando a hegemonia brasileira no torneio — será a sétima edição seguida com pelo menos um time do país definindo o título.

O duelo decisivo, no dia 29 de novembro, no Estádio Monumental de Lima, promete repetir o grande clássico brasileiro no cenário internacional, revivendo a final de 2021, quando Palmeiras derrotou o Flamengo e conquistou o tricampeonato do clube alviverde na competição. Entre o campo, as arquibancadas e o contexto histórico, o Verdão e o Rubro-Negro protagonizam mais uma vez uma partida que pode selar o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores, elevando o patamar de rivalidade e projeção para todo o continente.

O domínio brasileiro segue evidente: das sete últimas edições da Libertadores com final única, cinco tiveram duelos entre clubes do país, e apenas em 2019 e 2023 equipes argentinas chegaram à decisão — mas não levaram o caneco. O caminho de Palmeiras e Flamengo até Lima simboliza também essa força contínua do futebol do Brasil, que segue impondo respeito com foco, protagonismo e busca incessante de marca que já é reconhecida em todo o continente.

O mérito do Palmeiras nesta semifinal é especialmente destacado não apenas pela superação do placar, mas pela forma convincente como o time impôs jogo, técnica e mentalidade forte para não se abater diante do desafio. Do outro lado, a LDU, apesar da triste eliminação, mostrou grandeza ao chegar às semifinais com campanha marcante, eliminando gigantes como Botafogo e Flamengo na fase de grupos, além do São Paulo nas oitavas. Mas, nesta quinta-feira em São Paulo, Palmeiras provou que, dentro do Allianz Parque, 98 minutos são suficientes para escrever história.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)