A Petrobras anunciou que, a partir deste sábado (1º), reduzirá em média 1,7% o preço do gás natural nos contratos firmados com distribuidoras, em comparação ao trimestre anterior. Essa atualização faz parte das revisões trimestrais previstas nos acordos, que levam em conta as oscilações do preço do petróleo Brent e da cotação do dólar em relação ao real. Para o próximo trimestre, que inicia em novembro de 2025, o preço do petróleo Brent subiu 2,18%, enquanto o real se valorizou 3,83% frente ao dólar, o que contribuiu para essa redução no valor da molécula de gás vendida às distribuidoras.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula de gás natural comercializada pela Petrobras às distribuidoras acumula uma redução aproximada de 33%. Contudo, a empresa esclarece que o preço final do gás natural para o consumidor não depende somente desse valor, mas também dos custos de transporte, das margens de lucro das distribuidoras, dos tributos federais e estaduais, e das tarifas autorizadas pelas agências reguladoras estaduais, o que pode fazer com que o preço ao consumidor varie conforme a região e o tipo de uso.
É importante destacar que essa redução não afeta o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha e vendido em botijões ou a granel, cujo valor é regulado de forma distinta e não está incluído nas revisões trimestrais da molécula do gás natural. Portanto, apesar da diminuição no preço da molécula para as distribuidoras, o impacto no custo final para indústrias, usinas, empresas de energia e consumidores domésticos pode ser diferenciado e dependerá da estrutura de custos e regulação local.

