O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira, 4, por unanimidade, a criação do partido Missão, que passa a ser a 30ª legenda brasileira habilitada a participar das eleições gerais de 2026. A decisão, além de ampliar o espectro partidário no país, representa o reconhecimento formal de uma sigla associada ao Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que ganhou notoriedade nos últimos anos por sua atuação nas redes sociais e em manifestações públicas.
O Missão adotará o número 14 na urna eletrônica e, segundo o tribunal, cumpriu todos os requisitos estabelecidos pela legislação eleitoral, incluindo o recolhimento de mais de 577 mil assinaturas de apoio, superando o mínimo exigido por lei. O partido também demonstrou capilaridade nacional ao criar diretórios regionais em diversos estados e incluiu em seu estatuto medidas destinadas à prevenção da violência de gênero na política, uma exigência atual do debate público.
Entre as bandeiras defendidas pelo novo partido, destacam-se o fim dos privilégios do funcionalismo público, o endurecimento das leis penais, o zelo pela responsabilidade fiscal e o combate ao desmatamento. A legenda também sinaliza enfoque em temas como a guerra ao tráfico de drogas e o incentivo à industrialização no Nordeste, buscando ampliar sua base de apoio em diferentes regiões do país.
A aprovação do Missão pelo TSE ocorre em um momento de crescente fragmentação do sistema partidário brasileiro, que já conta com 30 legendas oficiais para as próximas eleições. O registro, segundo os ministros, atesta o cumprimento das exigências legais e abre caminho para a participação formal do partido no cenário político nacional, num ambiente marcado pela diversificação de propostas e agendas ideológicas.
A chegada do Missão ao campo eleitoral deve intensificar o debate sobre reformas administrativas, segurança pública e questões ambientais, temas que tendem a polarizar discussões no período pré-eleitoral. Com força institucional, o partido buscará disputar votos e influenciar a formação da próxima legislatura, apostando em pautas ligadas à eficiência do Estado e ao combate à criminalidade.
