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Nenhuma mulher morreu durante operação no Rio, diz Polícia Civil

A Polícia Civil confirmou a identidade de Cleiton Souza da Silva, um dos principais articuladores do tráfico de drogas no norte do Brasil, entre os 121 mortos na Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Cleiton, natural do Amazonas e vinculado ao Comando Vermelho, era considerado responsável por expandir a presença nacional da facção. Devido aos ferimentos graves causados por tiros de fuzil, seu rosto ficou desfigurado, o que inicialmente provocou confusão com a traficante Penélope, conhecida como Japinha, também do Comando Vermelho, que havia sido supostamente apontada entre as vítimas femininas, mas a Polícia Civil confirmou que nenhuma mulher morreu na operação.

Além de Cleiton, outros oito criminosos do Amazonas foram identificados entre os mortos, através do trabalho pericial da Polícia Civil, que investiga as circunstâncias das mortes por meio da Delegacia de Homicídios da Capital. A operação mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares, aplicando cerca de 100 mandados de prisão em 26 comunidades da zona norte carioca, com foco na repressão ao Comando Vermelho, principal facção criminosa da região. Durante o confronto, barricadas foram incendiadas e até bombas lançadas por drones foram usadas pelos criminosos contra as forças de segurança.

No total, foram 121 mortes confirmadas, incluindo quatro policiais. A operação é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro e do Brasil, superando o massacre do Carandiru, devido à quantidade de vítimas fatais. A Polícia Civil revelou que mais de 95% dos mortos possuíam algum vínculo com o Comando Vermelho, sendo que pelo menos 59 tinham mandados de prisão pendentes, e vários tinham históricos criminais relevantes. A maioria dos mortos eram homens, e parte deles veio de outros estados como Pará, Bahia e Amazonas, demonstrando a abrangência nacional da facção.

O governador do Rio, Cláudio Castro, defendeu a operação como um golpe duro contra a criminalidade, ressaltando que o trabalho conjunto entre Ministério Público e as polícias reforça a capacidade do estado de combater o narcoterrorismo. As investigações seguem em andamento para identificar outros membros da facção e desvendar suas conexões interestaduais e internacionais, buscando desarticular a estrutura que alimenta o crime organizado na região e além dela.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)