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Brasil apresenta planos à coalizão global para vacinas e medicamentos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está na África do Sul onde participa da reunião do G20 Saúde e apresenta plano de trabalho para ampliar parcerias entre países e empresas para produção local e regional de medicamentos. O Brasil ocupa a presidência da “Coalizão Global para Produção Local e Regional” de vacinas, medicamentos e novas tecnologias, com foco em doenças negligenciadas e populações sem acesso a cuidados e tratamentos.

Segundo o Ministério da Saúde, até sexta-feira (7), Padilha e uma equipe da Fiocruz apresentarão um plano de trabalho que poderá resultar na produção de medicamentos e futuras vacinas de alto custo para doenças, como câncer e diabetes, além do enfrentamento de doenças socialmente determinadas como malária, tuberculose, hepatite virais e HIV/aids. A iniciativa visa fortalecer a capacidade produtiva de países em desenvolvimento, reduzir desigualdades no acesso a tratamentos e promover a inovação em saúde.

A coalizão, aprovada pelos ministros da Saúde do G20, prevê cooperação voluntária entre nações para facilitar o acesso a vacinas, remédios, diagnósticos e outras tecnologias sanitárias, especialmente para populações vulneráveis. O Brasil sediará a secretaria-executiva e presidirá a coalizão nos primeiros dois anos, com comando rotativo posteriormente. Os projetos da aliança respeitarão as legislações internacionais e domésticas, incluindo as regras sobre propriedade intelectual.

A proposta brasileira destaca o financiamento voluntário dos projetos, que serão selecionados com base no potencial de impacto na promoção da saúde global, priorizando doenças e populações em maior situação de vulnerabilidade. A meta é identificar dois ou três projetos para execução na fase inicial, com valor agregado único.

A criação da coalizão é vista como um passo inédito para reduzir a dependência de países em desenvolvimento em relação à importação de imunizantes e medicamentos, fortalecendo as cadeias produtivas locais e regionais. O Brasil também defende a expansão da estratégia de saúde digital, medidas de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a criação de instrumentos para enfrentamento de novas pandemias, além de compartilhar sua experiência com plataformas de combate à desinformação em saúde.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)