O número de usuários de planos de saúde no Brasil atingiu, em setembro, 53.232.560 pessoas na área de assistência médica e 34.910.516 em planos exclusivamente odontológicos. Esses dados, divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quinta-feira (6), indicam um aumento de 0,63% e 1,04% respectivamente em relação ao mês anterior. Nos planos de assistência médica, houve 1.347.958 novas adesões e 1.015.121 cancelamentos, com a ANS destacando que esses números referem-se a vínculos e não necessariamente a pessoas físicas únicas, já que um usuário pode ter múltiplos planos.
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor contabilizou 15.537.653 adesões contra 14.111.652 cancelamentos. Em setembro, os planos médico-hospitalares registraram um acréscimo de 332.837 beneficiários em comparação ao mês anterior, totalizando um aumento de 1.426.001 usuários frente a setembro de 2024. Já os planos exclusivamente odontológicos cresceram em 946.755 beneficiários na mesma comparação anual, e 357.669 em relação a agosto de 2025.
A ANS também indicou que existem atualmente 668 operadoras ativas nos planos de assistência médica com beneficiários, somando 21.824 planos ativos, enquanto nos odontológicos são 315 operadoras com 5.321 planos ativos. Na modalidade de contratação, prevalecem os contratos coletivos, com destaque para os contratos coletivos empresariais, que somam 38.787.334 no segmento médico-hospitalar.
O crescimento no número de beneficiários foi percebido em todos os estados brasileiros. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados com os maiores aumentos, tendo São Paulo passado de 18.102.385 para 18.694.732 beneficiários no setor médico-hospitalar em um ano. No segmento odontológico, 20 estados e o Distrito Federal registraram crescimento no comparativo anual.
Entre as operadoras, a Amil lidera a expansão do mercado com 739 mil novos clientes somente entre janeiro e setembro de 2025, seguida pela SulAmérica com 629.527, Grupo Bradesco com 212.150 e Hapvida com 41.810 novos beneficiários no mesmo período. O setor também apresentou um desempenho financeiro notável, com lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 131,9% em relação ao ano anterior, impulsionado especialmente pelas grandes operadoras.
Esses dados refletem a tendência de expansão da saúde suplementar no país, acompanhada de desafios relacionados à concentração de planos coletivos empresariais e às questões financeiras do setor, que continua crescendo em número de usuários e em resultados econômicos.
