Após uma sequência de dias de otimismo e recordes consecutivos, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de ajustes nesta quarta-feira (12). O Ibovespa, principal índice da bolsa, encerrou em leve queda, interrompendo a sequência de 15 altas seguidas que vinha impulsionando o mercado desde o final de outubro. O índice fechou aos 157.633 pontos, com recuo de apenas 0,07%, após ter aberto acima dos 158 mil pontos e chegado a cair 0,74% no início da tarde, antes de recuperar parte das perdas.
Essa foi a maior sequência de valorização da bolsa brasileira desde o início dos anos 1990, período em que o Ibovespa subiu por 19 sessões consecutivas. No período de 15 pregões, o índice acumulou alta de 9,48%, e desde o início do ano já registra ganho de 31,15%. O movimento de alta foi impulsionado por fatores internos, como a expectativa de queda dos juros e a desaceleração da inflação, além de resultados positivos de empresas e otimismo com a economia global.
A principal responsável pela queda nesta quarta foi a Petrobras, que registrou forte recuo em suas ações, influenciada pela queda do preço internacional do petróleo. Os papéis ordinários da estatal caíram 2,99%, enquanto as preferenciais perderam 2,56%. Outras grandes empresas do índice, como Vale e Itaú, também fecharam em baixa, contribuindo para o movimento de correção.
No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu quase R$ 0,02, fechando a R$ 5,29, com alta de 0,37%. A moeda chegou a cair para R$ 5,26 durante o dia, mas reverteu o movimento e passou a subir, acompanhando a desvalorização de moedas de outros países emergentes. O dólar vinha em queda há cinco sessões consecutivas e, com o desempenho desta quarta, acumula queda de 1,64% em novembro e de 14,34% no ano.
A desaceleração da inflação no Brasil, com o IPCA de outubro registrado em 0,09% – o menor patamar para o mês desde 1998 –, continua sendo um dos principais fatores que sustentam o otimismo dos investidores, que apostam em uma possível redução dos juros no país. Apesar da correção pontual, o cenário ainda é de expectativa positiva para os próximos meses, com a bolsa e o câmbio refletindo a combinação de fatores domésticos e externos.

