O chefe da poderosa força-tarefa da lava-jato, o procurador Deltan Dellagnol, foi beneficiado pelo mais simples e corriqueiro artifício de corrupção no Brasil. A prescrição.
Usada para salvar os apadrinhados do poder, a prescrição, assim como o foro privilegiado é uma chaga na sociedade brasileira.
Como diria Maquiavel: “Aos amigos os favores. Aos inimigos a lei”.
É um deboche, para não dizer que é ridículo, que os paladinos da justiça, sejam agraciados com artimanhas e conchavos que na prática escancaram o corporativismo e a corrupção institucional, que não pune desvios e maus servidores públicos, num círculo vicioso sem fim de prevaricação e desvios éticos e morais, que descambam para o abuso de poder.
O moralismo de gaveta e as bravatas midiáticas dos membros da força-tarefa são a prova inequívoca de que a corrupção no Brasil é cultural e sistêmica, dela se valendo todos, sem exceção, quando a porca torce o rabo.
Por J. Laurentino
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