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Atividade econômica brasileira contraiu 0,2% em setembro

A atividade econômica brasileira registrou queda em setembro deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou recuo de 0,2% em relação ao mês anterior, considerando os dados ajustados sazonalmente. No terceiro trimestre, entre julho e setembro, a contração foi ainda mais expressiva, chegando a 0,9%.

Apesar do resultado negativo em setembro, ao comparar com o mesmo mês do ano passado, o indicador registrou crescimento de 4,9%. No acumulado do ano, o IBC-Br mostra expansão de 14,2%, enquanto, nos últimos 12 meses, a alta é de 13,5%. O índice é utilizado como referência para avaliar a evolução da economia e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 15% ao ano.

O IBC-Br considera a atividade dos principais setores da economia — indústria, comércio, serviços e agropecuária —, além do volume de impostos. A Selic, por sua vez, é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando a taxa sobe, o objetivo é conter a demanda aquecida, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, o que pode conter a inflação, mas também dificultar o crescimento econômico. Já quando a Selic cai, o crédito tende a ficar mais barato, incentivando produção e consumo, mas com menor controle sobre a inflação.

A desaceleração da economia e o recuo da inflação levaram o Copom a manter a Selic estável pela terceira vez consecutiva na última reunião, realizada no início do mês. No entanto, o colegiado ressaltou que não descarta a possibilidade de elevar os juros novamente, caso julgue necessário. Atualmente, a taxa está no maior patamar desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano.

O Banco Central destacou, em nota, que o ambiente externo segue incerto, influenciado pela conjuntura e pela política econômica dos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais. No Brasil, apesar da desaceleração da atividade econômica, a inflação continua acima da meta, indicando que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado.

O IBC-Br, embora seja um indicador relevante, utiliza metodologia diferente daquela empregada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira, divulgado pelo IBGE. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,4%, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, o melhor resultado desde 2021, quando registrou expansão de 4,8%.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)