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Voluntários da COP30 recebem kit de alimentos da agricultura familiar

Voluntários que participam da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém do Pará, estão recebendo kits com alimentos produzidos por agricultores familiares de várias regiões do Brasil. A entrega, que começou no dia 15 de novembro e continuará até o encerramento do evento, no dia 21, contempla aproximadamente 1,3 mil voluntários, além de outras equipes envolvidas na conferência. Ao todo, serão distribuídas cerca de duas mil cestas.

Esses kits contêm produtos típicos da diversidade brasileira, como doce de umbu, castanha-do-pará, farinha e castanha de baru, amêndoa de licuri, óleo de coco babaçu orgânico, flocão de milho, entre outros ingredientes oriundos da agricultura familiar, que representam uma importante contribuição para a segurança alimentar e a economia local. A iniciativa, organizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Secretaria Extraordinária da COP30, tem o objetivo duplo de reconhecer o trabalho dos voluntários e promover a valorização da agricultura familiar como uma solução sustentável para mitigar as mudanças climáticas.

A agricultura familiar no Pará, estado sede da COP30, engloba cerca de 300 mil produtores responsáveis por grande parte dos alimentos consumidos pela região, utilizando práticas sustentáveis como manejo eficiente da água e conservação do solo, que ajudam a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Na visão das autoridades, a valorização desses produtores durante a conferência reflete um compromisso com a sustentabilidade e a promoção da “comida de verdade”, produzida de forma ambientalmente correta e socialmente justa.

Para muitos voluntários, como a estudante Gabriella de Araújo, que atua com tradução na conferência, receber os kits é uma oportunidade de conhecer e experimentar sabores típicos de outras regiões do país que eles ainda não haviam provado, além de aprender sobre questões relacionadas à segurança alimentar. Gabriella destaca o valor simbólico do gesto, que representa uma troca cultural e o reconhecimento da diversidade alimentar dos biomas brasileiros.

Além disso, a presença dos alimentos da agricultura familiar no cardápio da COP30 envia uma mensagem política e ambiental importante, evidenciando que a Amazônia não é apenas tema de debates, mas um território vivo que nutre e ensina por meio de suas práticas agrícolas sustentáveis. Essa ação faz parte de um esforço maior para integrar a agroecologia e as comunidades tradicionais no centro das políticas públicas relacionadas à alimentação e meio ambiente, buscando também fortalecer as redes de produtores rurais e estimular a economia local.

Com isso, a COP30 pretende deixar um legado que vá além do evento, ao valorizar os produtos locais e as práticas agroecológicas, sinalizando ao mundo a importância dessas iniciativas para o futuro sustentável do planeta.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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