Portal NegoPB

Notícia de verdade.

Haddad avalia como robusto processo do BC sobre o Banco Master

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira (18) sobre a prisão de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, afirmando que as investigações que levaram a essa medida devem ser “muito robustas”. Haddad evitou se aprofundar nos detalhes da operação policial, ressaltando que o Banco Central, como órgão regulador do sistema financeiro, conduz o processo e seguirá responsável pelos desdobramentos. Segundo ele, para que o Banco Central tenha chegado a tomar a decisão de liquidação extrajudicial do banco, a análise deve ter sido criteriosa e sólida.

A prisão de Vorcaro ocorreu no Aeroporto de Guarulhos, quando o empresário tentava deixar o país. A ação faz parte da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga um esquema envolvendo a emissão e negociação de títulos de crédito falsos pelo Banco Master. As investigações, iniciadas em 2024 após requisição do Ministério Público Federal, apontam para a fabricação de carteiras de crédito fraudulentas que teriam sido vendidas a outra instituição financeira e substituídas por ativos sem avaliação técnica adequada.

Além do proprietário, outras cinco pessoas ligadas ao banco foram presas em mandados de busca e apreensão cumpridos em São Paulo. Também foi decretada pelo Banco Central a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores do banco. A decisão pela liquidação extrajudicial do Banco Master ocorre menos de um dia após o anúncio de uma proposta de compra do banco pelo grupo Fictor, que contava com investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte financeiro de R$ 3 bilhões. Entretanto, essa negociação foi automaticamente suspensa com a intervenção do Banco Central. Recentemente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também havia vetado uma oferta do Banco Regional de Brasília (BRB) para comprar parte do Banco Master.

Daniel Vorcaro, formado em Economia com MBA em Finanças pelo IBMEC de Belo Horizonte, assumiu a presidência do Banco Master em 2018 e promoveu uma reestruturação estratégica que buscava expandir a instituição, que ganhou projeção no mercado financeiro brasileiro. Sob sua liderança, o banco investiu em tecnologia e governança, além de ampliar sua atuação em diversos setores, incluindo participações no esporte e varejo. Mesmo assim, a investigação revela graves irregularidades administrativas que culminaram na intervenção do Banco Central e na prisão do executivo. O caso evidencia ações ilegais como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa dentro do setor bancário, trazendo novamente à tona a necessidade rigorosa de supervisão no mercado financeiro. O Ministério da Fazenda reafirmou seu compromisso em apoiar o Banco Central neste processo, embora tenha evitado comentar os impactos imediatos na economia.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
Previous post Justiça afasta temporariamente presidente e diretor do BRB
Next post Revisão do IBGE: Mata Atlântica perde 1% de área e Cerrado ganha 1,8%
Fechar
Menu