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Revisão do IBGE: Mata Atlântica perde 1% de área e Cerrado ganha 1,8%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta terça-feira (18 de novembro) uma revisão dos limites dos biomas Cerrado e Mata Atlântica entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Os resultados indicam alterações significativas: o Cerrado ganhou 1,8% de área enquanto a Mata Atlântica perdeu 1%.

É importante destacar que essas mudanças não representam perdas ou ganhos reais causados por desmatamento ou reflorestamento. Segundo o IBGE, as alterações ocorreram exclusivamente por conta de uma avaliação rigorosa baseada em critérios técnicos. Os especialistas consideraram fatores como clima, geologia, geomorfologia, pedologia e vegetação para determinar com maior precisão onde termina um bioma e começa o outro. A maior parte das alterações aconteceu em áreas de transição entre vegetações de florestas estacionais e savanas, regiões naturalmente complexas para delimitar.

A revisão abrangeu uma área total de aproximadamente 19.869 quilômetros quadrados, sendo 816 quilômetros quadrados em Minas Gerais e 19.053 quilômetros quadrados em São Paulo. O trabalho focou exclusivamente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, deixando outros biomas brasileiros para futuras avaliações.

Em Minas Gerais, a Mata Atlântica teve sua área ampliada nas proximidades de Belo Horizonte, englobando agora todo o município e as áreas ao norte da capital mineira. Já o Cerrado aumentou principalmente no centro-norte de São Paulo, estado que possui legislação de proteção para este bioma desde 2009. A revisão abrangeu regiões geograficamente diversas, incluindo o nordeste paulista, parte do Triângulo Mineiro e a região da Serra do Espinhaço, envolvendo municípios mineiros como Belo Horizonte, Diamantina, Uberaba e Conceição do Mato Dentro, além de cidades paulistas como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Barretos.

Essa revisão dos limites dos biomas integra um processo mais amplo iniciado pelo IBGE em 2019, quando a instituição lançou a publicação “Biomas e Sistema Costeiro Marinho do Brasil” com uma escala cartográfica muito mais precisa. A escala anterior era de 1 para 5 milhões, enquanto a nova é de 1 para 250 mil, proporcionando vinte vezes mais detalhamento do território. Essa maior precisão possibilitou um mapeamento mais acurado dos limites dos biomas brasileiros e abriu espaço para revisões periódicas que garantem a adequação contínua das delimitações.

As alterações são realizadas mediante análise integrada de especialistas em diversos temas, complementada por expedições de campo em áreas específicas questionadas por organizações da sociedade civil e por instituições governamentais do setor ambiental. Até o momento, o IBGE já realizou cinco expedições com esse objetivo.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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