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Zona Azul da COP30 é reaberta após incêndio

# Incêndio na COP30: Pânico e Evacuação na Blue Zone de Belém

Um incêndio atingiu a Zona Azul (Blue Zone) da COP30 em Belém no final da tarde de quinta-feira, 20 de novembro, causando pânico entre milhares de participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O fogo começou por volta das 14 horas em um dos pavilhões, durante um painel da Comunidade da África Oriental que discutia financiamento climático, forçando a evacuação imediata de toda a área.

Imagens de circuito interno e relatos de participantes mostram o momento em que as chamas começaram a se espalhar rapidamente pelas divisórias do pavilhão, chegando à cobertura e abrindo um buraco na lona. Quem estava no palco só percebeu o fogo quando as pessoas que assistiam correram desesperadas. Em segundos, labaredas engolfaram o espaço, enquanto palestrantes e expectadores fugiram gritando “Fogo! Fogo!”. A fumaça contaminou rapidamente o local, criando uma nuvem densa que tomou conta de toda a área de negociações internacionais.

As equipes de segurança presente no local começaram imediatamente a tentar apagar o fogo com extintores, contabilizando 244 deles no combate às chamas. Em diversas imagens é possível observar faíscas e estouros que parecem vir da fiação elétrica do pavilhão. O Corpo de Bombeiros do Pará foi acionado rapidamente e controlou o incêndio em aproximadamente seis minutos, utilizando também uma mangueira para combater as chamas. Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o fogo foi controlado por volta das 14h40, quando a área já entrava em fase de rescaldo.

A evacuação afetou milhares de pessoas. Participantes das negociações saíram apressados, mas sem confusão, enquanto a segurança liberava todas as portas da zona de acesso restrito destinada às negociações oficiais entre os países. Segundo a Organização das Nações Unidas, 13 pessoas receberam atendimento no local por inalação de fumaça, enquanto outras três foram encaminhadas para hospitais da região por precaução. O Ministério da Saúde informou posteriormente que 21 pessoas foram atendidas pelo serviço médico, sendo 19 devido à inalação de fumaça e duas por crise de ansiedade. Não há informações sobre ferimentos graves. Um bombeiro que participou da operação de resposta também passou mal durante o combate ao incêndio.

A causa do incêndio ainda estava sob investigação no momento dos primeiros relatos. Inicialmente, autoridades mencionavam possível origem em problemas na fiação elétrica do pavilhão. Posteriormente, informações sugeriram que um telemóvel que estava a carregar pode ter sido a origem do incêndio. O secretário executivo do braço climático da ONU havia enviado uma carta ao governo brasileiro uma semana antes, reclamando da falta de segurança na conferência e criticando a estrutura dos pavilhões. Na ocasião, havia mencionado preocupações com exposição da rede elétrica devido a alagamentos significativos durante as chuvas.

O ministro do Turismo esclareceu que os materiais que revestem os pavilhões do local são feitos com materiais antichamas e resistentes a incêndios. O governo brasileiro informou que o sistema elétrico já havia voltado a funcionar e que todas as áreas continuavam sendo monitoradas. As salas de negociação não foram danificadas pelo incêndio.

A organização da COP30 reabriu a Zona Azul ainda na noite de quinta-feira, às 20h40, após avaliação de segurança pelo Corpo de Bombeiros e obtenção do alvará de funcionamento. A área afetada pelo incêndio ficará isolada até a conclusão da conferência. Não houve previsão de atividades plenárias na noite de quinta-feira, mas as sessões plenárias de sexta-feira foram abertas às partes e transmitidas online. O incidente ocorreu um dia antes do prazo final para acordo na conferência, levando à suspensão temporária das negociações internacionais.

A imprensa internacional repercutiu amplamente o evento, com agências de notícias de diversos países comentando o ocorrido. A organização agradeceu a cooperação, paciência e compreensão de todos os delegados, expressando confiança de que retornariam às negociações com espírito de solidariedade e determinação para assegurar um resultado bem-sucedido para a COP30.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)