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Especialista alerta para urgência do saneamento na crise climática

Cerca de 3,4 bilhões de pessoas no mundo ainda enfrentam a falta de acesso a saneamento básico adequado, um problema que vai além da saúde pública, agravando impactos ambientais e intensificando a crise climática global. A ausência de infraestrutura essencial para o tratamento de água e esgoto contribui para a poluição de rios e mares, além de aumentar a incidência de doenças como diarreia, cólera e febre tifoide, que matam centenas de milhares de pessoas anualmente.

Especialistas alertam que essa precariedade dificulta a adaptação das comunidades às mudanças climáticas. Enchentes, secas prolongadas, insegurança alimentar e deslocamentos forçados são sintomas visíveis da interação entre a crise hídrica, o saneamento inadequado e o clima. A falta de serviços resilientes de água e esgoto torna os eventos climáticos mais extremos e destrutivos, especialmente em áreas urbanas com infraestrutura fragilizada.

Além das tragédias humanas, a poluição dos corpos d’água, causadas pelo despejo de esgoto não tratado, afeta ecossistemas inteiros, provocando a mortandade de peixes e a perda da biodiversidade. O volume diário despejado pode ser comparado a milhares de piscinas olímpicas e compromete diretamente a qualidade da água, essencial à vida e ao equilíbrio ambiental.

No Brasil, apesar de progressos em algumas regiões, a situação ainda é crítica, sobretudo na região Norte, onde apenas uma pequena parcela da população tem acesso ao tratamento de esgoto. O país enfrenta grandes desafios com perdas significativas de água potável e descarte irregular de resíduos, o que impacta negativamente o meio ambiente e a saúde pública.

Investir em saneamento básico, além de proteger a saúde das populações, representa um forte retorno econômico, reduzindo custos com internações e tratamentos de doenças evitáveis. Melhorias nessa área também são fundamentais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, promovendo a resiliência das comunidades vulneráveis e garantindo a sustentabilidade dos recursos hídricos para as próximas gerações.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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