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Professor defende que Brasil dê exemplo com Mapa do Caminho

O Brasil deve assumir a liderança na implementação do Mapa do Caminho, um roteiro proposto para o afastamento dos combustíveis fósseis, principais emissores dos gases de efeito estufa que causam o aquecimento global. Embora a proposta não tenha sido incluída no documento final da COP30 por falta de unanimidade, recebeu o apoio de mais de 80 países e permanece no centro das discussões climáticas lideradas pelo Brasil, que preside a conferência até novembro de 2026.

O professor Aldo Fornazieri, diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, afirmou que o lançamento da ideia pelo presidente Lula torna o Brasil responsável por construir esse roteiro e dar o exemplo ao mundo, reforçando o país como líder legítimo na questão climática. O Mapa do Caminho não foi descartado pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que ressaltou que diversas nações continuam empenhadas em avançar nesse tema nos próximos meses, ressaltando que a proposta já é apoiada pela comunidade científica e representa uma agenda importante enfrentada por países em diferentes estágios de desenvolvimento.

Durante a COP30, houve resistência especialmente de países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, que veem na proposta um risco ao seu desenvolvimento econômico, o que dificultou a aprovação unânime necessária para sua inclusão no documento oficial. Apesar disso, a presidência brasileira afirmou que vai seguir trabalhando para desenvolver o Mapa do Caminho, incorporando experiências e trajetórias específicas de cada país, especialmente focando em nações em desenvolvimento que ainda dependem fortemente dos combustíveis fósseis.

Especialistas e representantes presentes em eventos pós-COP apontam que a transição para uma economia global descarbonizada é urgente e inevitável. Investimentos significativos em mitigação e descarbonização são necessários, com estimativas indicando aportes próximos a 5% do PIB em países emergentes até 2026. O Mapa do Caminho será fundamental para orientar essas transformações considerando as dimensões econômicas, sociais e ambientais da crise climática. A iniciativa brasileira, embora não oficializada na COP30, ganhou tração e será uma ferramenta estratégica para a mobilização global contra as mudanças climáticas nos próximos anos, reforçando o compromisso do Brasil em desempenhar papel protagonista na transição energética mundial.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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