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CPI do Crime chama militares e convoca chefe da Meta e TH Joias

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o crime organizado aprovou nesta quarta-feira convites para os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen e tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, respectivamente, além do chefe do comando militar do Exército na Amazônia, general Luiz Gonzaga Viana Filho. Como se trata de convites e não convocações, os militares poderão optar por comparecer ou não à comissão. O senador Eduardo Girão, autor do requerimento, destacou a importância de ouvir as Forças Armadas para compreender seu papel na proteção das fronteiras marítimas e no controle do tráfego aéreo, que é uma rota utilizada para o tráfico de drogas e armas no país.

Além das autoridades militares, a CPI aprovou a convocação do diretor-geral da Meta no Brasil, Conrado Leister. O relator da comissão, senador Alessandro Vieira, justificou a convocação pela necessidade de investigar supostas utilizações das redes sociais controladas pela Meta — Facebook, Instagram e WhatsApp — como plataformas para disseminação de atividades criminosas e como fonte de financiamento do crime. Notícias recentes indicam que a Meta teria conhecimento da veiculação de anúncios fraudulentos e ilícitos em suas plataformas, gerando cerca de US$ 16 bilhões em 2024 com esses anúncios, número que representaria 10% da receita anual da empresa. Vieira quer esclarecer o volume financeiro envolvido e as medidas tomadas para coibir esses abusos.

Outra convocação aprovada foi a do ex-deputado estadual do Rio de Janeiro Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, preso preventivamente e indiciado pela Polícia Federal por intermediar armas para facções criminosas na capital fluminense. A defesa do ex-parlamentar nega as acusações. Segundo o relator da CPI, o uso do comércio de joias para lavar e movimentar recursos para as facções é um ponto central para a investigação.

A comissão também aprovou convites para representantes de órgãos que atuam no combate ao crime organizado, como o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza Oliveira; o secretário especial da Receita Federal, Robinson Sakiyama Barreirinhas; o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo; e o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Andrade Saadi.

Criada após a operação policial no Rio de Janeiro que resultou na morte de 122 pessoas, a CPI do Crime Organizado tem como objetivo traçar um diagnóstico detalhado das ações das facções e milícias no Brasil para propor mudanças legislativas e políticas públicas eficazes no enfrentamento dessas organizações criminosas. A comissão é composta por 11 senadores titulares e 7 suplentes, presidida pelo senador Fabiano Contarato, com Alessandro Vieira na função de relator. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 120 dias, durante os quais a CPI pretende esclarecer o funcionamento, a expansão e as fontes de financiamento do crime organizado no país.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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