O mês de dezembro começa com uma das mobilizações mais importantes do calendário mundial de saúde: o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. Conhecido popularmente como Dezembro Vermelho, o período é marcado por campanhas de conscientização, prevenção e combate ao preconceito em torno do HIV e da aids. Monumentos em diversos países são iluminados de vermelho, símbolo da luta contra a doença, e a data recebe destaque em veículos de comunicação, instituições de saúde e redes sociais.
A efeméride foi instituída em 1988 pela Assembleia Geral da ONU e pela Organização Mundial de Saúde, cinco anos após a descoberta do vírus HIV. A criação do Dia Mundial de Luta Contra a Aids surgiu após grandes mobilizações de ativistas e pessoas vivendo com o vírus, que exigiam mais atenção da comunidade científica e do poder público. Desde então, a data se tornou um marco para reforçar a importância da prevenção, do tratamento e do combate à discriminação.
Apesar dos avanços científicos e do acesso a medicamentos antirretrovirais, a aids ainda afeta milhões de pessoas no mundo. Dados recentes mostram que cerca de 37 milhões de pessoas vivem com HIV, e milhares morrem anualmente por causas relacionadas à doença. No Brasil, a cada 15 minutos, uma pessoa se infecta pelo vírus, e sete pessoas morrem por dia apenas na cidade de São Paulo. Esses números reforçam a necessidade de campanhas contínuas de testagem, informação e combate ao estigma.
A luta contra a aids também envolve a defesa dos direitos humanos. O preconceito e a discriminação ainda são barreiras enfrentadas por pessoas vivendo com HIV, que muitas vezes são vítimas de exclusão social e violência. O Dia Mundial de Luta Contra a Aids serve como um lembrete de que a solidariedade, o respeito e o acesso igualitário a serviços de saúde são fundamentais para superar a epidemia.
Durante o Dezembro Vermelho, são realizadas diversas ações, como testagem rápida, distribuição de preservativos, debates e atividades educativas. O objetivo é promover o autocuidado, incentivar a testagem e garantir que todos tenham acesso às informações necessárias para prevenir a infecção. Além disso, a data é uma oportunidade para homenagear as vítimas da aids e reafirmar o compromisso coletivo de acabar com as desigualdades que perpetuam a epidemia.
A mobilização global pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids mostra que, mesmo após mais de três décadas de luta, o combate à aids exige esforço contínuo, informação e empatia. É um convite para que cada pessoa reveja suas atitudes, combata o preconceito e contribua para um mundo mais justo e saudável.
