A Justiça do Distrito Federal tornou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu pelo crime de estelionato, em decisão tomada pela 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A acusação está ligada a uma investigação sobre a suposta participação do jogador em um esquema de manipulação de apostas pela internet. O caso envolve a suspeita de que Bruno Henrique tenha forçado a receber um cartão amarelo na partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, realizada em Brasília, com o objetivo de beneficiar parentes que faziam apostas. Além do atleta, aliados e familiares também foram incluídos na denúncia.
Até então, em julho de 2025, Bruno Henrique já havia se tornado réu na primeira instância pela acusação de fraude na manipulação de resultados esportivos, mas o juiz daquela fase rejeitou a denúncia que o acusava pelo crime de estelionato. Após a decisão inicial, o Ministério Público recorreu, e o recurso foi aceito pela instância superior, levando à abertura da ação penal por estelionato.
A defesa do jogador manifestou indignação diante da decisão e afirmou que irá recorrer para provar o que considera um erro na acusação do Ministério Público, ressaltando que a nova ação penal contraria a decisão fundamentada do juiz de primeira instância. O corpo jurídico de Bruno Henrique manteve confiança no Poder Judiciário e assegurou que apresentará os recursos cabíveis para contestar a abertura do processo.
O processo gira em torno da partida que ocorreu em 1º de novembro de 2023, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e envolveu também pessoas próximas ao atacante, como seu irmão e cunhada, que igualmente foram tornados réus pelo mesmo esquema.
A decisão unânime do TJDFT reforça o andamento das investigações sobre manipulação de resultados esportivos e crimes relacionados a apostas ilícitas, um tema que tem chamado atenção pelo impacto nas competições e na integridade do esporte. Bruno Henrique, que recentemente conquistou o título do Brasileirão com o Flamengo, agora enfrenta um novo capítulo judicial ligado a essas denúncias.

