No sábado, 6 de dezembro de 2025, foi iniciada em São Paulo a vacinação de gestantes a partir das 28 semanas de gravidez contra o vírus sincicial respiratório (VSR), doença responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. O primeiro dia da campanha imunizou 624 gestantes, de acordo com a prefeitura.
A vacina, ofertada gratuitamente pela rede pública, tem como principal objetivo proteger os bebês nos primeiros seis meses de vida, período em que são mais vulneráveis a infecções respiratórias graves causadas pelo VSR. A imunização da mãe garante a transferência de anticorpos para o recém-nascido ainda na gestação, reduzindo significativamente o risco de hospitalizações por bronquiolite e outras complicações respiratórias. Segundo especialistas, o tipo de proteção proporcionado pela vacina tem eficácia acima de 80% na prevenção de casos graves nos três primeiros meses após o nascimento.
A partir da segunda-feira seguinte ao lançamento, a vacinação passou a ser realizada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade, com funcionamento das 7h às 19h, atendendo gestantes que apresentem documento de identificação e comprovante de pelo menos 28 semanas de gestação emitido no pré-natal. A gestão municipal recomenda, ainda, que as gestantes mantenham suas outras vacinas atualizadas, como as contra influenza e COVID-19, já que a administração da vacina contra o VSR pode ocorrer simultaneamente a esses imunizantes.
O Ministério da Saúde reforça o compromisso com a saúde materno-infantil ao distribuir a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, disponibilizando inicialmente 673 mil doses, com a previsão de totalizar 1,8 milhão de doses adquiridas para a campanha nacional. Em âmbito nacional e municipal, a expectativa é que a vacinação das gestantes contribua para diminuir drasticamente as hospitalizações e a mortalidade infantil relacionadas ao vírus sincicial respiratório nos próximos meses, sobretudo durante o período sazonal da doença, que normalmente tem pico entre março e julho.
A introdução desta vacina no calendário de vacinação materna é vista como um marco na prevenção de doenças respiratórias graves em bebês, proporcionando proteção eficaz e de fácil acesso, especialmente para famílias que não teriam condições de adquirir a imunização pela rede privada, onde o custo pode chegar a R$ 1,5 mil. Com essa campanha, São Paulo avança em políticas públicas de saúde focadas na proteção integral das crianças desde o ventre materno.

