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Justiça mantém prisão de suspeito de roubo de obras de arte em SP

Felipe dos Santos Fernandes Quadra foi preso pela Justiça de São Paulo após audiência de custódia, acusado de participação no roubo de 13 obras de arte — oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari — que estavam em exposição na Biblioteca Mário de Andrade. O crime ocorreu no último domingo, dia 7, durante o último dia do evento “Do livro ao museu: MAM São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade”, uma parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

A dupla de criminosos invadiu o prédio da biblioteca, rendeu uma vigilante e um casal de idosos que visitava o local, e agiu com rapidez para coletar as gravuras expostas na cúpula de vidro da biblioteca. Eles colocaram as obras em sacolas e fugiram pela porta principal, deixando um rastro de destruição pelo caminho, incluindo vitrines quebradas e uso de ferramentas como martelo para acessar as peças. Felipe Quadra foi identificado por câmeras de segurança no interior da biblioteca e também em imagens capturadas pelas ruas próximas. A polícia civil prendeu-o na manhã seguinte ao roubo, mas o segundo suspeito segue foragido, com buscas em andamento.

A prefeitura de São Paulo acionou a Interpol para evitar que as gravuras sejam exportadas ilegalmente e para ampliar o alcance das investigações, que continuam tentando localizar o parceiro de Felipe. A Secretaria de Cultura informou que as obras estavam seguradas e todo o material disponível foi fornecido às autoridades para facilitar a investigação. O caso está registrado no 2º Distrito Policial de Bom Retiro e será conduzido pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).

O episódio chocou pelo impacto cultural, considerando que as gravuras são de artistas renomados como Matisse e Portinari, e ocorre em um recinto de grande importância para a cidade de São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade, referência em acervo e cultura. A prisão de Felipe dos Santos Fernandes Quadra representa um avanço nas investigações, mas a conclusão do caso depende ainda da captura do comparsa e da recuperação das obras roubadas.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)