A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a prorrogação do prazo para conclusão da perícia médica do general Augusto Heleno, requerida para instruir o pedido de prisão domiciliar humanitária apresentado pela defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro. A corporação pediu que o prazo, que venceria nesta quarta-feira (17), seja estendido até 26 de dezembro devido à apresentação de novos documentos pela defesa na véspera da diligência, o que exigiu análise mais detida por parte do perito designado pela PF[1][4][6]. Segundo o ofício enviado a Moraes, “o perito médico responsável indicou a necessidade de maior tempo para a análise detida de novos documentos e quesitos apresentados pela defesa na véspera da diligência”, justificou a Polícia Federal no pedido[1][4][6]. A perícia foi determinada por Moraes para orientar a decisão sobre o pedido da defesa de que Heleno cumpra pena em prisão domiciliar por motivos humanitários, já que a defesa alega que o general, de 78 anos, apresenta graves problemas de saúde e recebeu diagnóstico de Alzheimer no início de 2025, informação que trouxe controvérsia após relatos de que os sintomas teriam começado em 2018[2][4]. Condenado a 21 anos de prisão na ação penal relacionada à trama golpista, Augusto Heleno está preso desde 25 de novembro e cumpre a pena em uma sala do Comando Militar do Planalto, em Brasília; caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se concede ou não a prisão domiciliar, sem prazo determinado para a decisão[2][4][6]. A Polícia Federal informou também que os peritos inspecionaram exames e laudos médicos, avaliaram o local de custódia e dialogaram com familiares para dimensionar o grau de dependência e as necessidades do general durante a avaliação[6][4]. A prorrogação solicitada pela PF foi noticiada por diversos veículos, que registraram a estimativa de entrega do laudo definitivo até 26 de dezembro e vincularam o pedido à complexidade dos novos elementos juntados aos autos pela defesa[1][4][7].

