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Dólar sobe para R$ 5,52 e alcança maior valor em quatro meses

O dólar comercial ultrapassou a barreira de R$ 5,50 nesta quarta-feira (17), encerrando o pregão vendido a R$ 5,522, alta de R$ 0,06 (1,09%), e alcançando o maior patamar desde o início de agosto, em mais um dia de instabilidade no mercado financeiro[1]. A moeda operou em alta durante toda a sessão, com máxima de R$ 5,53 registrada por volta das 14h[1].

No mercado de ações, a B3 também registrou queda: o índice Ibovespa fechou aos 157.327 pontos, recuando 0,79%, em sua segunda sessão consecutiva de perdas[1]. A combinação de alta do dólar e recuo da bolsa reflete um ambiente de aversão ao risco impulsionado por fatores externos e tensões domésticas que pesaram nas negociações[1].

No cenário internacional, a apreciação do dólar frente às principais moedas ocorreu em meio a incertezas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos após dados laborais mais fortes que o previsto para novembro, o que reacendeu dúvidas sobre a duração da política monetária mais restritiva naquele país[1]. Esses movimentos globais influenciaram o fluxo de capitais e contribuíram para a pressão sobre ativos brasileiros[1].

No plano doméstico, o clima político, especialmente as negociações em torno das pré-candidaturas para as eleições presidenciais do próximo ano, aumentou a percepção de risco entre investidores e foi apontado como um dos fatores que pressionaram o mercado[1]. Além disso, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (16), não trouxe clareza sobre o momento de início da redução da taxa Selic pelo Banco Central, mantendo dúvidas sobre o horizonte de juros no Brasil e incentivando a migração de recursos da bolsa para a renda fixa[1].

Contribuíram também para a demanda por dólares no curtíssimo prazo as remessas de lucros de filiais de empresas estrangeiras ao exterior, típicas do fim de ano, que tendem a elevar a procura pela moeda e pressionar a cotação[1]. Em dezembro, a divisa acumula alta de 3,5%, enquanto no acumulado do ano registra queda de 10,63% até o fechamento desta quarta-feira[1].

Analistas consultados destacam que os próximos dias devem permanecer voláteis, com as movimentações do câmbio sendo sensíveis tanto a novos indicadores econômicos internacionais quanto a desenlaces políticos locais e a sinais concretos do Banco Central sobre o calendário de cortes na Selic[1].

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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