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Acusados de tentar explodir bomba em aeroporto se tornam réus no STF

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar réus três homens acusados de tentar explodir um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto de Brasília em 24 de dezembro de 2022[2]. O colegiado abriu ação penal contra George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, que vão responder por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo[2].

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o episódio foi planejado por um grupo inconformado com o resultado das eleições de 2022 e tinha como objetivo causar pânico e desestabilizar as instituições[1]. A denúncia diz que, em dezembro de 2022, os três se reuniram próximo ao acampamento em frente ao Quartel‑General do Exército, onde traçaram o plano de detonar um artefato explosivo em local público[1][4]. A PGR afirma que George Washington montou o artefato com controle remoto, acionadores e dinamites; Wellington Macedo dirigiu o veículo; e Alan Diego transportou e colocou o explosivo no eixo traseiro de um caminhão‑tanque carregado com querosene de aviação[1][4]. Ainda segundo a acusação, Alan fez chamadas de um orelhão para avisar sobre a presença da bomba, numa tentativa de espalhar o pânico[1].

O artefato foi identificado pelo motorista do caminhão, que chamou a Polícia Militar, e as equipes especializadas foram acionadas antes que ocorresse qualquer explosão[1]. Os três já haviam sido julgados e condenados pela Justiça do Distrito Federal por crimes relacionados ao episódio: em maio de 2023 George Washington foi sentenciado a nove anos e quatro meses de prisão, Alan Diego a cinco anos e quatro meses, e Wellington Macedo também recebeu pena pelo caso; todos chegaram a ficar presos e depois foram soltos após cumprir parte das condenações[2][5]. A PGR os denunciou ao STF pelos novos crimes, o que levou ao recebimento da denúncia pela Primeira Turma em votação unânime, com os votos dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia[1][2].

A decisão no colegiado encerrou a fase de análise do recebimento da denúncia na Primeira Turma, com o julgamento se completando no plenário virtual nos dias seguintes[1]. O ministro Alexandre de Moraes, ao fundamentar seu voto, destacou que a inserção do artefato em um caminhão‑tanque carregado com querosene representou risco grave não só a bens, mas à vida e à integridade de muitas pessoas, e apontou indícios de que o ato integraria um plano maior de desestabilização institucional[4][5]. A partir do recebimento da denúncia pelo STF, o processo seguirá o trâmite penal na Corte[2].

A Agência Brasil informou que busca contato com as defesas dos acusados e manteve o espaço aberto para manifestações[2].

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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