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Líder do PL na Câmara dos Deputados nega desvios de verbas

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) negou ter cometido ilícitos relacionados a desvios de verbas de gabinete e afirmou que os R$ 400 mil em espécie apreendidos em sua residência provêm da venda de um imóvel, cuja origem, disse, será comprovada por sua defesa. [1]

Em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o parlamentar afirmou que “não tem nada de contrato ilícito” e “não tem nada de lavagem de dinheiro” ao responder às suspeitas levantadas pela Polícia Federal sobre contratos de aluguel de carros ligados ao seu gabinete.[1][3] Sóstenes disse não se lembrar exatamente quando vendeu o imóvel nem há quanto tempo guardava o dinheiro em casa, atribuindo o fato a um “lapso” que o impediu de fazer o depósito bancário.[1] Ele afirmou ainda que ninguém “pega dinheiro ilícito e bota dentro de casa” e que a origem lícita dos recursos será demonstrada nos autos por seus advogados.[1][3]

Questionado sobre detalhes da transação imobiliária, o deputado se recusou a revelar onde fica o imóvel alegando tratar-se de uma questão privada; sobre o uso dos veículos locados, afirmou que os carros são efetivamente utilizados por sua equipe e que não há fundamento para se falar em lavagem de dinheiro.[3] Sobre a empresa locadora que consta nos contratos e que aparenta não funcionar no endereço declarado, Sóstenes afirmou não conhecer os pormenores das contratações e que orienta apenas sua equipe a buscar preços baixos para evitar sobrepreço.[3]

O deputado caracterizou a investigação como uma perseguição política contra opositores e conservadores, afirmando que a ação busca criar uma “cortina de fumaça” para desviar atenção de casos envolvendo a esquerda, especialmente com a proximidade das eleições de 2026.[3]

A operação da Polícia Federal que teve Sóstenes como alvo — batizada de Operação Galho Fraco — apura supostas irregularidades no uso da cota parlamentar destinada a pagamento de despesas de gabinete e incluiu pelo menos sete mandados de busca e apreensão contra o deputado, cumpridos por agentes da PF e autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.[5][1] O ministro-relator retirou o sigilo da decisão que autorizou as diligências e o documento reproduz trechos de um relatório parcial da PF.[1][5] Segundo a investigação, a PF identificou R$ 28,6 milhões em movimentações suspeitas nas contas de pessoas ligadas ao deputado, incluindo assessores atuais e antigos e familiares.[1]

Fontes jornalísticas indicam que, durante as diligências, foram apreendidos cerca de R$ 400 mil em espécie na residência de Sóstenes, quantia que ele atribui à venda de um imóvel e afirma ter declarado no imposto de renda; ele disse que o dinheiro estava lacrado e que sua origem será comprovada.[3][1] A investigação também apura contratos de aluguel de veículos, com atenção a possíveis sobrepreços e à regularidade das empresas contratadas.[5][3]

A defesa do deputado afirmou que demonstrará a legalidade das transações e do montante apreendido nos trâmites judiciais; autoridades da Câmara comentaram que o Judiciário está cumprindo seu papel ao autorizar diligências, enquanto lideranças partidárias manifestaram posições divergentes sobre o episódio.[3]

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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