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Lançamento de foguete em Alcântara (MA) é adiado para 21h30

O lançamento do foguete Hanbit-Nano, desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace, foi adiado mais uma vez e agora está previsto para as 21h30 desta sexta-feira, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Trata-se do primeiro lançamento comercial de um veículo espacial realizado em território brasileiro, com transmissão ao vivo a partir das 20h30 pelo canal da Innospace no YouTube.

Inicialmente agendado para quarta-feira passada, o disparo foi postergado após a detecção de uma anomalia no sistema de refrigeração do oxidante do combustível durante os testes finais. A empresa optou por trocar os componentes afetados, priorizando a segurança da operação, sem que houvesse problemas no foguete propriamente dito ou nas instalações terrestres. Uma nova previsão foi definida para as 15h45 desta sexta, mas avaliações adicionais levaram a outro adiamento.

A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela operação, informa que a janela de lançamento permanece aberta até 22 de dezembro. Nesta sexta, equipes verificam pressionamentos nos tanques de combustível, sistemas de ignição, softwares embarcados e condições meteorológicas, como vento, chuva e raios – fatores que historicamente causam a maioria dos atrasos em missões espaciais globais. Qualquer irregularidade pode resultar em novo adiamento.

Com 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro e 20 toneladas, o Hanbit-Nano usa propulsão híbrida, combinando combustível sólido e líquido. Após a decolagem, sua trajetória será monitorada em tempo real; se houver desvios, o voo será interrompido de forma controlada. O veículo carregará oito cargas úteis na coifa superior: cinco pequenos satélites para órbita baixa da Terra (LEO), a cerca de 300 km de altitude e inclinação de 40 graus, além de três experimentos de instituições e empresas do Brasil e da Índia.

“A segurança é a premissa máxima. Se houver qualquer risco antes do lançamento, a contagem é interrompida. E, se durante o voo ocorrer uma anomalia relevante, os protocolos de contingência permitem neutralizar o veículo de forma controlada”, enfatiza o Major Engenheiro Robson Coelho de Oliveira, chefe da Divisão de Operações do CLA. A operação reforça o potencial de Alcântara como hub espacial, próximo ao Equador, ideal para missões eficientes.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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