Homens jovens entre 20 e 30 anos estão apresentando sinais de risco cardiovascular que antes eram mais comuns a partir dos 40 anos, com aumento de hipertensão, colesterol elevado e fatores limítrofes frequentemente sem diagnóstico, segundo dados de pesquisas populacionais e alertas de cardiologistas.[5][3]
Pesquisas do National Health and Nutrition Examination Survey apontam que, entre adultos de 18 a 39 anos, 7,3% já convivem com hipertensão e 8,8% têm colesterol alto, enquanto 26,9% têm pressão arterial em níveis acima do ideal e 21,6% exibem colesterol limítrofe muitas vezes não identificado clinicamente[5].
Especialistas ouvidos destacam que quase 1 em cada 4 jovens já apresenta algum sinal de alteração de pressão arterial ou dislipidemia antes dos 40 anos, e associam esse quadro principalmente a mudanças no estilo de vida que favorecem a disfunção metabólica precoce[3][5].
Cardiologistas e professores universitários atribuem o avanço do risco cardiovascular em jovens a hábitos como sedentarismo, alimentação rica em ultraprocessados, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de estimulantes (incluindo energéticos e pré-treinos), privação de sono e, em alguns casos, uso de esteroides anabolizantes; esses comportamentos promovem inflamação vascular, ganho de peso, resistência à insulina e alterações lipídicas[3][5][11].
Estudos de acompanhamento sugerem que a pressão arterial elevada desde a infância ou adolescência tende a se manter na vida adulta jovem e se correlaciona com maiores prevalências de sobrepeso/obesidade, dislipidemia, glicemia alterada e síndrome metabólica, reforçando a necessidade de intervenção precoce[2].
Médicos recomendam início precoce de prevenção e acompanhamento clínico: consultas regulares a partir dos 20 anos para medir pressão arterial, peso e realizar exames laboratoriais quando indicados, além de mudanças no estilo de vida — aumento da atividade física, redução de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas, sono adequado e moderação no consumo de álcool e estimulantes[3][5].
Diretrizes e estudos internacionais também apontam que calcular risco em horizontes temporais mais longos e identificar fatores de risco em adultos jovens pode ser útil para decisões preventivas, especialmente quando há histórico familiar ou múltiplos fatores de risco presentes[8].
Fontes citadas: estudos populacionais e reportagens que divulgam dados do National Health and Nutrition Examination Survey, entrevistas com cardiologistas e pesquisas longitudinais sobre pressão arterial e perfis metabólicos em jovens.[5][3][2][11][8]

