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Lula defende cooperação sul-americana contra o crime organizado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, que enfrentar o crime organizado deve ser prioridade do bloco, independentemente do perfil político dos governos dos países envolvidos.[3] Ele destacou que o enfraquecimento das instituições democráticas facilita atividades ilícitas e lembrou iniciativas já em curso entre os países sul-americanos para combater essas redes criminosas.[3]

Lula enumerou medidas multilaterais implementadas ou em andamento, citando a criação, há mais de uma década, de uma instância de autoridades especializadas em políticas contra as drogas, a assinatura recente de um acordo contra o tráfico de pessoas, a criação de uma comissão para implementar uma estratégia comum contra o crime organizado transnacional e um grupo de trabalho sobre recuperação de ativos para asfixiar fontes de financiamento de atividades ilícitas.[3] Defendeu também a regulação dos ambientes digitais como ferramenta no combate ao crime e anunciou a convocação, em consulta com o Uruguai, de uma reunião de ministros da Justiça e da Segurança Pública do Consenso de Brasília para fortalecer a cooperação sul-americana nessa área.[3]

O presidente abordou ainda a violência de gênero, lembrando que a América Latina é a região mais letal para mulheres e citando dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) sobre os homicídios de mulheres na região.[3] Lula informou ter enviado ao Congresso Nacional um acordo que permitirá que medidas protetivas concedidas a mulheres em um país do bloco tenham validade nos demais e propôs ao Paraguai, que assumiu a presidência do Mercosul, a construção de um pacto do bloco pelo fim do feminicídio e da violência contra as mulheres.[3]

Outro ponto do discurso foi o risco de um conflito armado na América do Sul diante da possibilidade de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela; Lula alertou que uma intervenção seria uma catástrofe humanitária e um precedente perigoso para o direito internacional.[3] Reafirmou a defesa de uma doutrina de paz para o continente e exaltou a resiliência das instituições democráticas brasileiras, afirmando que o país investigou, julgou e condenou os responsáveis pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, conforme o devido processo legal.[3]

Por fim, no mesmo evento Lula comentou que o Mercosul continuará empenhado em expandir acordos comerciais, mencionando que o bloco dará sequência às negociações — incluindo expectativa de assinatura do acordo UE‑Mercosul — e ações para aumentar o comércio intrarregional.[3]

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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