A concessionária Aena, responsável pela administração do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira que a Secretaria Nacional de Aviação Civil, ligada ao Ministério de Portos e Aeroportos, emitiu parecer favorável ao pedido para retomar operações de voos internacionais no terminal. A proposta da empresa foca em rotas regulares de passageiros para curta e média distância, especialmente na América do Sul, integradas ao amplo projeto de modernização do aeroporto, que prevê investimentos de cerca de R$ 2,5 bilhões e está em andamento dentro do cronograma.
As obras incluem a construção de um novo terminal de passageiros, previsto para entrega em 2028, ampliação de pontes de embarque, novo pátio de aeronaves, hangares para companhias aéreas e adequações para órgãos de controle como Polícia Federal, Anvisa, Receita Federal e Vigiagro. A Aena destacou que o aval da SAC reconhece o alinhamento da iniciativa com a Política Nacional de Aviação Civil e o Plano Aeroviário Nacional, após análise de estudos de demanda e infraestrutura. A expectativa é iniciar os voos internacionais a partir de 2028, coincidindo com a conclusão do novo terminal, embora o parecer não seja a autorização final – ainda faltam aprovações desses órgãos de controle de fronteira e análise da Anac para a designação oficial como aeroporto internacional.
Kleber Meira, diretor-executivo do Aeroporto de Congonhas, enfatizou a oportunidade de impulsionar conectividade, desenvolvimento econômico e integração regional, graças à localização central do terminal na maior metrópole do Hemisfério Sul, com infraestrutura moderna, eficiente e pontual. O Ministério de Portos e Aeroportos reforçou o potencial da medida para fortalecer a aviação nacional e ampliar a conectividade aérea. Nesta segunda-feira, o ministro Silvio Costa Filho visitou o local e elogiou o avanço das obras, afirmando que elas serão fundamentais para mais conforto e eficiência aos passageiros.
Antes da operação comercial plena em julho de 2028, o aeroporto planeja receber jatinhos executivos internacionais. Conversas já ocorrem com companhias como Azul, Gol, Latam, Sky, Flybondi e JetSmart para rotas sul-americanas, adequadas à pista de 1.940 metros, que limita voos de longo curso. Avanços recentes incluem reuniões com a Receita Federal para alfandegamento, com área reversível no novo terminal para viabilizar as operações.

