O Presépio Natural Mãos de Deus, em Grão Mogol (MG), ocupa um lugar de destaque entre os cenários natalinos permanentes do país, atraindo fiéis e turistas para um encontro de fé, arte e paisagem na Serra do Espinhaço.1
Erguido sobre um amontoado de rochas que a tradição local descreve como obra das “mãos de Deus”, o presépio foi inaugurado em 9 de dezembro de 2011 e se estende por cerca de 3,6 mil metros quadrados, configurando-se como o maior presépio natural a céu aberto do mundo em caráter permanente.2 3 As peças — em tamanho natural — recriam a cena do nascimento de Jesus e outras passagens relacionadas ao episódio natalino, aproveitando o desalinho das pedras e o relevo do lugar para integrar as esculturas ao ambiente rochoso.1 3
A idealização do projeto coube ao empresário Lúcio Marcos Bemquerer, que posteriormente doou toda a obra à Arquidiocese de Montes Claros; ele faleceu em 2021.1 7 As figuras foram modeladas por artistas locais e regionais que trabalharam com materiais como cimento, ferro e pedra-sabão, transformando a pedra e o terreno em personagens como a Sagrada Família, animais e pastores, além de grutas naturais que servem como manjedoura e espaços de contemplação.1 3 7
O presépio não é apenas uma atração estética: é também um ponto de devoção e memória coletiva para a comunidade de Grão Mogol, cidade conhecida por seu casario colonial em pedra e por sua história ligada à mineração de diamantes.3 2 Ao longo dos anos, o local recebeu mais de 100 mil visitantes e se consolidou como cartão-postal da cidade, contribuindo para o turismo religioso e cultural da região.3 1
A experiência no local mistura visitação e espiritualidade: há rotas auto‑guiadas e visitas guiadas, além de espaços como uma sala ecumênica e a gruta que abriga a imagem do menino Jesus, onde visitantes buscam meditação e bênçãos.2 7 A iluminação cênica, aplicada em momentos especiais, valoriza as esculturas entre as rochas e transforma o presépio em um santuário a céu aberto nas noites de fim de ano.3
Para a população local, o presépio é também símbolo de identidade: além de atrair turistas, inspira atividades culturais e religiosas e gera impacto econômico modesto para um município de cerca de 15 mil habitantes, que promove a região como destino de ecoturismo, trilhas e roteiros históricos.1 3 2
A manutenção do conjunto e a gestão das visitas ficam sob responsabilidade da comunidade e da arquidiocese, que preservam tanto o valor artístico das esculturas quanto o caráter devocional do espaço, garantindo que o presépio permaneça, ao longo dos anos, um lugar de fé que dialoga com a natureza da Serra do Espinhaço.8 2
(Fontes: reportagens e guias sobre o Presépio Natural Mãos de Deus e publicações locais sobre Grão Mogol).

