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Novo salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026

O salário mínimo será de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026, com reajuste de cerca de 6,8% em relação ao piso anterior de R$ 1.518, conforme decreto publicado pelo governo federal no Diário Oficial da União.[2]

O reajuste combina a correção pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro e um componente de ganho real vinculado ao crescimento da economia de 2024, limitado pela trava do arcabouço fiscal a um máximo de 2,5% — fórmula que resultou no valor técnico de R$ 1.620,99, arredondado para R$ 1.621.[3][4] O INPC acumulado considerado ficou em torno de 4,18% a 4,4% e o PIB de 2024 foi incorporado até o limite permitido pela regra fiscal.[3][4]

A medida tem efeitos diretos sobre benefícios e despesas públicas: o novo piso altera automaticamente valores como aposentadorias e pensões do INSS, seguro‑desemprego, abono salarial e BPC, entre outros, e aumenta o gasto obrigatório da União — estimativas indicam que cada R$ 1 do mínimo adicional acrescenta centenas de milhões às despesas e que o reajuste de R$ 103 deve provocar um acréscimo significativo nas obrigações do governo.[2][4] Organizações técnicas apontam também que a flexibilização do reajuste para incluir ganho real visa recompor poder de compra perdido nos anos em que o piso foi atualizado apenas pela inflação.[4][6]

Segundo o Dieese, cerca de 59,9 a 62 milhões de brasileiros recebem o salário mínimo, e o impacto do aumento sobre a renda agregada da economia foi estimado em torno de R$ 81,5–81,7 bilhões, com efeitos multiplicadores sobre o consumo e a arrecadação tributária sobre este consumo.[4][1] O departamento também calcula que, para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, o mínimo deveria ser bem superior ao piso atual — cerca de R$ 7.067,18 em novembro de 2025, ou aproximadamente 4,3 vezes o novo piso.[4]

Analistas e entidades destacam que reinserir o crescimento do PIB na equação do reajuste busca restaurar a política de valorização do salário mínimo adotada em períodos anteriores, embora a trava fiscal limite o ganho real e reduza o impacto fiscal do aumento.[6][4] Economistas ressaltam que, mesmo com efeitos positivos sobre a renda das famílias que recebem o piso, o aumento também pressiona as despesas obrigatórias do governo, exigindo equilíbrio entre políticas sociais e restrições fiscais.[2][8]

O decreto que oficializa o novo valor foi publicado nesta quarta‑feira (24) no Diário Oficial da União, e o novo salário passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2026, com pagamentos efetivos no calendário de fevereiro de 2026.[2][3]

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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