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Maior campeã paralímpica, Carol Santiago aprova testes para 2028

A pandemia de covid-19 adiou a Paralimpíada de Tóquio para 2021 e bagunçou o calendário da natação paralímpica, forçando atletas a acumularem quatro anos seguidos de grandes competições. Além dos Jogos de Paris em 2024, vieram os Campeonatos Mundiais de 2022 na Ilha da Madeira, em Portugal, de 2023 em Manchester, na Inglaterra, e de 2025 em Singapura.

Agora, a temporada de 2026 chega mais tranquila, sem eventos gigantes no horizonte. As etapas da World Series, o circuito mundial anual da modalidade, e os Jogos Parasul-Americanos nas cidades colombianas de Valledupar e Agustín Codazzi serão os principais desafios. Mas isso não significa folga na preparação para a Paralimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. Quem diz é Maria Carolina Santiago, a maior estrela da natação paralímpica feminina do Brasil, em entrevista exclusiva.

“Na nossa preparação, 2026 será bem importante para fazermos a base do que queremos construir de velocidade e resistência para os Jogos. Testando bastante coisa, estando o mais próximo que pudermos controlar para não sairmos do que já sabemos que funciona. Então, com certeza, vamos aproveitar as competições para testarmos o programa”, afirmou a nadadora pernambucana de 40 anos.

Carol nasceu com Síndrome de Morning Glory, uma alteração na retina que a classifica na S12, categoria para atletas com baixa visão intermediária entre as três para deficientes visuais. Ela trocou a natação convencional pela paralímpica em 2018 e explodiu: em apenas duas Paralimpíadas, Tóquio e Paris, conquistou dez medalhas, sendo seis de ouro. Isso a torna a maior campeã paralímpica do país e a segunda mulher com mais pódios nos Jogos, só três atrás da velocista Ádria dos Santos.

Em Paris, o show foi completo: ouros nos 50m e 100m livre, nos 100m costas, além de pratas nos 100m peito e no revezamento 4x100m livre. Para o ciclo de Los Angeles, ela e o treinador Leonardo Tomazello decidiram enxugar o programa individual de seis para três provas, focando nas que renderam ouro na França.

A estratégia já colheu frutos em 2025. No Mundial de Singapura, Carol repetiu os ouros de Paris, com tricampeonato nos 100m costas e tetra nos 100m livre. Ainda levou ouro no revezamento 4x100m medley e prata no 4x100m livre. Resultado: eleita atleta feminina do ano no Prêmio Brasil Paralímpico pela quarta vez, a segunda seguida, e agora a maior ganhadora do troféu entre as mulheres.

“Posso dizer que foi o ano mais difícil desde que entrei no movimento paralímpico, mas conseguimos transformar as dificuldades em desafios, enfrentar, vencer e performar, como performamos no Mundial”, celebrou a pernambucana. “O primeiro ano após os Jogos é sempre importante. Era um ano de Mundial, em que você pode avaliar exatamente o ponto em que está na preparação. O Mundial é o que temos mais próximo de uma Paralimpíada. Então, avalio como um pontapé inicial bem dado.”

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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